Geraldo pede ao PT uma 'licença para trair'

A convenção que confirmou a candidatura do deputado estadual Fabrício Pancadinha (Solidariedade) a prefieto chamou a atenção por um momento inusitado, o aperto de mãos do petista Geraldo Simões, fundador do PT em Itabuna, com ACM Neto, líder da oposição ao mesmo PT na Bahia.

Além de trair seu partido e sua história para apoiar a oposição, Geraldo indicou para vice Diego Pitanga, que tem cargo na prefeitura de Itabuna por indicação do PT estadual. Fabrício terá na coligação os partidos Solidariedade, Mobiliza, PRD, DC, União Brasil e MDB, com 130 candidatos a vereador.

Para tornar menos escandalosa a traição, Geraldo Simões pediu ao PT estadual um "afastamento temporário" do partido "em função de minha participação em uma campanha eleitoral de candidatura diversa daquela aprovada pela Federação Brasil da Esperança".

Em entrevista nesta segunda-feira ao Conexão Morena, da Morena FM, Pancadinha fugiu de responder sobre o abandono sucessivo dos mandatos para os quais se elegeu na metade, alegando que "é o povo que chamou para ser deputado e mais uma vez chama a gente para ser prefeito".

Ele ainda mostrou desconhecimento ao dizer que obras como Hospital de Base, pontes e viaduto foram feitas "com dinheiro do próprio município", sem precisar pegar empréstimo. As obras citadas foram totalmente custeadas pelos governos federal e estadual. E todos os prefeitos pegaram empréstimos.

Pancadinha errou novamente ao culpar a Prefeitura pela regulação da Saúde, que é de responsabilidade do Governo do Estado. Ele ainda repetiu o discurso dos velhos políticos, prometendo "abrir" a "caixa preta" dos gastos. Hoje em dia todos os gastos estão detalhados no Diário Oficial e no TCM.

A foto, histórica, é de Oziel Aragão, da Ozi TV e Conexão Morena, da Morena FM.

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