Maduro bloqueia X, seu maior pesadelo

Em uma tentativa de governos ditatoriais controlarem a comunicação em seus países, o aplicativo de mensagens criptografadas Signal está bloqueado na Venezuela e na Rússia. O app é amplamente utilizado por aqueles que desejam evitar a censura dos governos e manter a liberdade de conversar.

Na Venezuela, o bloqueio ocorreu após os resultados contestados da eleição presidencial do mês passado, que resultaram em protestos e prisões. O ditador Nicolas Maduro também bloqueou a Disney plus, a Amazon Prime, a HBO MAX e o Pinterest, além da rede X, antigo Twitter, que virou uma dor de cabeça.

Única rede social sem censura prévia, a X tem sido o palco de protestos da população venezuelana contra a escancarada fraude eleitoral deste ano. A oposição postou todas as atas da eleição, que mostram uma vitória de Edmundo Gonzalez por mais de 60% dos votos. Também postam vídeos da violência do regime.

Através da X foi possível ver filmagens dos capangas de Maduro sequestrando opositores, jornalistas e servidores que presenciaram a apuração real dos votos. Ou da milícia oficial espancando e atirando em pessoas na rua. O TSE de lá, corrupto e controlado por Maduro, decretou sua vitória, sem mostrar as atas.

Os Estados Unidos, a maioria dos países das três américas e a Europa reconecem Gonzalez como o legítimo presidente da Venezuela e já existem ações contra ele no Tribunal Penal Internacional. A Organização dos Estados Americanos (OEA) também não reconhece o ditador como presidente.

O serviço de monitoramento de internet NetBlocks informou que o Signal se tornou inacessível em vários provedores de internet da Venezuela. O Signal orienta os usuários a ativa a opção de "evasão da censura", disponivel nas configurações, para continuar usando o aplicativo em ditaduras. Com Diário do Poder e X.

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