São Paulo desmonta a logística do PCC

O Governo de São Paulo apresentou nesta terça-feira o balanço preliminar da Operação Salus et Dignitas, realizada no centro de São Paulo para desarticular a logística do crime organizado em diferentes pontos da região. O governador Tarcísio de Freitas deu coletiva no Centro de Operações da Polícia Militar.

Ele destacou o trabalho integrado entre as forças de segurança, órgãos municipais e federais, além do Gaeco do Ministério Público Estadual. “É um trabalho exaustivo para tentar abordar a questão do crime organizado no centro de São Paulo de forma diferente".

"Nessa operação, atacamos o ecossistema do crime que alimenta o tráfico de drogas. O objetivo era uma abordagem abrangente, integral, que desmantelasse sistemas de monitoramento e comunicação desses criminosos”, afirmou o governador aos jornalistas.

“A ação de hoje é uma grande cooperação entre o Ministério Público de São Paulo, Receita Federal, Polícia Rodoviária Federal, Anatel e muitos outros que atuaram para desarticular diversos pontos de apoio do PCC, afetando diretamente a atuação do crime e do tráfico na Capital, desidratando esse movimento".

A operação é resultado de mais de um ano de trabalho de inteligência e investigação. Ao todo, cinco mandados de prisão foram cumpridos, entre eles o de Leonardo Monteiro Moja, preso na Praia Grande. Conhecido como Leo do Moinho, ele é um dos líderes do PCC, dono de hotéis no centro da capital.

Os locais eram registrados em nome de laranjas e funcionavam como pontos de tráfico de drogas. Mais cinco pessoas foram presas em flagrante e outras três foram detidas para averiguação. A ação, ainda em andamento, visa o cumprimento de 117 mandados de busca e apreensão e 7 de prisão.

Também executará 46 de sequestro, bloqueio de bens e suspensão de atividade econômica de 44 prédios comerciais. Além da perda da licença, os imóveis serão lacrados pelas autoridades municipais para garantir que a atividade ilícita não volte a ser praticada no local.

Entre os locais estão hotéis, hospedarias, ferrovelhos, estacionamentos, lojas de celulares e outros produtos. Um efetivo de 1.359 agentes públicos, 327 viaturas, duas aeronaves e 30 cães farejadores participa da operação, que descobriu um esquema explorando os drogados da cracolândia.

Eles trabalhavam como escravos nas empresas ligadas ao PCC em troca de álcool ou drogas. "Também cometiam roubos e furtos e entregavam os produtos ilícitos aos responsáveis pelos estabelecimentos", esclareceu o governo na coletiva. A operação ainda atuou na Favela do Moinho.

Segundo as investigações, o local tem sido usado como "bunker" do crime organizado, onde uma grande quantidade de drogas foi apreendida. Durante a mega operação, foram apreendidos R$ 156 mil, 122 celulares, 119 computadores, HDs e UBSs, uma arma, 12 munições e 10 kg de drigas em 58 locais.

As ações também incluíram a remoção de 78 veículos e 12 fiscalizações ambientais, que resultaram em uma autuação. Uma das pessoas presas por tráfico de drogas é uma suplente de vereador em São Paulo filiada ao PT.

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sao pedro