HBLem usa técnica inovadora de cura

O Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (HBLEM) passou a usar uma técnica inovadora em pacientes com feridas complexas, a Terapia Por Pressão Negativa Adaptada (TPN). Ela vem sendo aplicada há cerca de oito meses, com com resultados muito positivos.

No Brasil, os únicos lugares onde o método é usado são o Hospital Universitário da USP, o Hospital de Queimados no Pará e o Hospital de Base de Itabuna. Também conhecida como curativo a vácuo, a técnica reaproveita a espuma retirada das escovinhas de degermação que seriam descartadas no lixo.

Após a espuma ser esterilizada na autoclave, uma sonda de aspiração é introduzida nela com o cateter, no local da ferida. O cateter é conectado no vácuo da parede do hospital. A ferida é vedada totalmente com um filme plástico, sem contato com o ambiente externo.

A retirada de toda a secreção ruim da ferida (pus, secreção purulenta, etc.) ajuda a reduzir a população bacteriana e a quantidade de fluido em excesso, que atrapalham a cicatrização. Vale destacar que a técnica não pode ser feita em feridas necrosadas.

Quem avalia se os pacientes possuem ou não indicação para o procedimento é a enfermeira Márcia de Jesus Santos, da Comissão de Feridas do HBLEM. “A gente observa que existe uma aceleração na cicatrização. Tivemos desfechos positivos com alta mais rápida dos pacientes”, conta.

O curativo a vácuo, diferente do curativo convencional, pode ser trocado a cada três dias (72 horas), o que gera uma economia de material para o hospital e menos lixo. O resultado é tão satisfatório quanto a versão da TPN industrializada, que chega a custar até R$ 3 mil por curativo.

A terapia de feridas com pressão negativa (TPN) foi criada em 1993 nos Estados Unidos com o objetivo de reduzir os tempos de cicatrização e hospitalização. Em 1996 foi aprovada pela Food and Drug Administration (FDA). Em 2007 o Hospital Universitário da USP desenvolveu uma TPN de baixo custo.

Ela utiliza um estabilizador de pressão conectado a um vácuo de parede hospitalar e um curativo vedado com gaze para favorecer sua aplicação. A técnica foi testada com êxito no Hospital de Queimados no Pará e agora está sendo experimentada no HBLEM.

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sao pedro