PF faz nova operação contra Bento
Poucos dias depois da operação relativa ao recebimento de propinas e fraude com licitações por parte do prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre, e seu ex-secretário de Gestão e candidato à sucessão Bento Lima, a Polícia Federal voltou à cidade, desta vez para apurar crimes eleitorais, dentro de uma ofensiva nacional.
Os agentes apareceram, logo no início da manhã, no comitê eleitoral de Bento Lima (PSD), na Avenida Soares Lopes, na casa do prefeito, no Posto Leléu e no Palácio Paranaguá, como mostra a foto de José Nazal. A ofensiva começou às 6h, com a chegada de dois policiais no comitê.
Duas viaturas foram ao Palácio Paranaguá, provavelmente à secretaria de Finanças. A investigação é sobre crimes eleitorais em municípios de vários estados, inclusive a Bahia. No estado, foram "visitadas" Ilhéus, Salvador e Conceição do Coité, segundo a PF, cumprindo nove mandados da Justiça Federal.
Eles foram cumpridos no Palácio Paranaguá, no comitê de Bento Lima e no Posto Leléu, na Avenida Itabuna. A PF informou que está investigando o uso ilegal da estrutura da Prefeitura na campanha de Bento, usando os servidores e veículos, além de bancar combustível. O dinheiro viria do superfaturamento de contatos.
A operação acontece cinco dias depois da anterior, quando a PF cumpriu mandados de busca e apreensão contra Marão, Bento, o ex-procurador-geral Jefferson Domingues Santos e empresários. Na casa de um deles a federal encontrou R$ 700 mil em espécie. Na de Marão, R$ 27 mil escondidos.
Os apoiadores de Bento Lima se revoltaram com o momento das operações, na reta final de campanha, e acusam o PT, que comanda o país e a PF, de usar essas ações para beneficiar a candidata petista Adélia Pinheiro, que também é acusada de usar servidores do estado do Hospital Materno-Infantil. Todos são do mesmo grupo.
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