Leão marinho está solto em Ilhéus
Um leão marinho vem atraindo a curiosidade das pessoas depois de aparecer no Rio Cachoeira, próximo ao bairro Banco da Vitória, em Ilhéus. Avaliado como jovem, macho, com cerca de 250 kg, ele vem sendo monitorado pelo projeto (A)mar e órgãos ambientais desde quarta-feira.
Os técnicos querem avaliar as condições do animal e como ele pode ser devolvido ao mar. O veterinário Wellington Laudano, em entrevista, alertou para que as pessoas não tentem se aproximar do leão marinho, que pode atacar com uma força muito grande. Ele contou que o primeiro apoio veio da Cippa e da PM.
"Ali o pessoal caça muito. Nossa preocupação imediata foi verificar a ocorrência na quarta-feira. Chegamos por volta das 15h e saímos às 19h30. O animal não apareceu, provavelmente devido ao assédio. As pessoas querendo ver e muitas não sabem o que fazer, e ele termina ficando assustado e se escondendo", explicou.
Wellington disse ao programa O Tabuleiro que o monitoramento deve ser feito por especialistas e o assédio das pessoas pode estressar o animal. "Algumas pessoas estão mexendo nele, usando pedaços de madeira, lanternas à noite, gritando e imitando sons de bichos".
"O monitoramento tem que ser feito com uma certa de distância porque o estresse pode provocar algum tipo de enfermidade no animal. Quando ele sai da água, é pra descansar e fazer uma termorregulação. A gente observou populares correndo de um lado para o outro. Ele saia e era acuado, era futucado com madeira".
O veterinário destacou que estamos vivendo muitas mudanças nas correntes marítimas. "A gente está tendo vários relatos disso. Aqui na nossa área de atuação, de Maraú a Canavieiras, nesses dez anos, é a quinta ocorrência dessa espécie. Ano passado foi observado um em Ituberá, no baixo sul. O animal sumiu".
O animal deve ser resgatado até este sábado. Wellintgon acredita que o ideal é transportar ele até o mar, mas isso depende do apoio logístico de órgãos e da policia. "O animal é muito pesado e de difícil manejo. Está ativo e sua mordedura é grave", destacou.
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