Médico é encontrado morto em Itabuna

O médico Luiz Carlos Leite de Souza, de 80 anos, foi encontrado morto nesta quinta-feira, no apartamento onde morava no Jardim das Hortênsias, em Itabuna. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência confirmou a morte no local e acionou o Departamento de Polícia Técnica para a remoção do corpo.

No mês passado, a 2ª Vara Criminal condenou o obstetra a quatro anos e dois meses de prisão, em regime fechado, por injúria racial. A condenação foi desdobramento de queixa-crime de uma auditora da Secretaria da Saúde da Bahia, feita no dia 21 de fevereiro, quando o médico foi preso em flagrante.

Segundo a denunciante, durante a auditoria na Maternidade Otaciana Pinto, antiga Maternidade da Mãe Pobre, o médico disse que a auditora, uma mulher negra, era bonita por ter “sangue branco”. Luiz Leite deixou a cadeia no dia 23 de fevereiro, mas voltaria a ser preso no último dia 24, após a sentença.

O Tribunal de Justiça da Bahia o concedeu liberdade provisória no dia 5 de novembro, mas impôs restrições, como a proibição de deixar a própria residência das 19 às 6 horas. Ele também estava proibido de se aproximar ou manter contato com a vítima e testemunhas do caso. A causa da morte não foi divulgada.

Luiz Leite tinha outras denúncias no passado, noticiadas aqui mesmo no jornal A Região e no Jornal das Sete da Morena FM. Em 2013 o Ministério Público Estadual denunciou Luiz Leite por cobrar para fazer o parto da adolescente JSR pelo SUS e pediu a cassação de sua licença.

Em novembro de 2019, Luiz Leite causou revolta na cidade. Ele foi acusado pela adolescente LSP, de 16 anos, de agredí-la durante a consulta. O diretor da Materniadade, Veldo Cordeiro, afirmou que ele “não atenderia mais” no hospital. Porém, mais uma vez, ele ficou impune e continuou atendendo.

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