Oposição reage à indiciamento da PF
O presidente Jair Bolsonaro se manifestou após ser indiciado pela Polícia Federal por supostamente ter participação em um plano de golpe de Estado. “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa".
"Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro ao jornalista Paulo Cappelli. Bolsonaro declarou ainda que vai esperar o processo ir para a Procuradoria-Geral da República, onde, segundo o ex-presidente, é onde “começa a luta”. “Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, finalizou.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, defendeu o presidente Jair Bolsonaro. Para ele, “há uma narrativa disseminada contra o presidente Jair Bolsonaro e que carece de provas. É preciso ser muito responsável sobre acusações graves como essa".
"O presidente respeitou o resultado da eleição e a posse aconteceu em plena normalidade e respeito à democracia. Que a investigação em andamento seja realizada de modo a trazer à tona a verdade dos fatos”, lembrou Tarcísio.
O Partido Liberal (PL) se posicionou após o indiciamento da Polícia Federal do presidente Jair Bolsonaro e do presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto. O partido afirma que a ação era esperada e representa uma “sequência incessante de perseguição política”.
A nota, assinada pelo senador Rogério Marinho, líder da oposição no Senado e secretário-geral do partido, destaca que espera que “a Procuradoria-Geral da República, ao ser acionada pelo Supremo Tribunal Federal, possa cumprir com serenidade, independência e imparcialidade sua missão institucional”.
A senadora Damares Alves protocolou dois requerimentos de informação para que o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, Marco Aurélio Ribeiro, apresentem detalhes sobre duas reuniões secretas entre autoridades no Palácio da Alvorada, em 14 e 16 de novembro.
Os documentos citam reportagens do jornal Folha de São Paulo. Elas dizem que os ministros do STF Gilmar Mendes, Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes participaram de um desses encontros, junto com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
“A presença do Procurador-Geral, que é o responsável em propor ações penais públicas e cíveis perante os tribunais superiores, e a de Ministros do Supremo Tribunal Federal, responsáveis por julgar as ações propostas pelo PGR, cria uma série de dúvidas sobre a condição republicana do encontro”, ressalta Damares.
A senadora quer saber se a reunião foi agendada com antecedência, quem a solicitou e o por quê de ser realizada no Alvorada e não no Planalto, sem sequer ter constado na agenda pública do presidente.
Damares questiona se o assunto tratado foi a investigação envolvendo o presidente Jair Bolsonaro e, caso seja confirmado, se havia algum elemento da investigação que demandava conhecimento e participação do atual presidente, já que isso pode configurar interferência na investigação contra seu adversário político. Com Diário do Poder
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