Sede da Barreto vai a leilão de novo

Sócios e credores da Barreto de Araújo conseguiram, na Justiça do Trabalho, a anulação do leilão da sede da empresa, no Distrito Industrial de Ilhéus, por ter sido arrematada por preço irrisório. O imóvel, avaliado em R$ 15 milhões, foi vendido por apenas R$ 2,2 milhões, cerca de 14,66% do valor de avaliação.

A 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia decidiu, por unanimidade, reavaliar o imóvel e fazer um novo leilão, considerando que houve irregularidades no edital e falta de notificação dos credores. O leilão original, em 2010, foi baseado em um único processo de reclamação trabalhista, apesar de haver outros,

A decisão de manter o leilão havia sido justificada pela "efetividade do crédito do reclamante," mas no 2º Grau a juíza Ana Paola Diniz considerou o valor arrematado muito abaixo do justo. A fábrica foi desativada há anos e teve sua falência decretada em 1997.

Segundo o ex-presidente do Sindcacau, Luiz Fernandes, quando a falência foi decretada, a empresa empregava cerca de 300 operários. No auge, chegou a gerar mais de 600 empregos diretos, sendo considerada a maior do gênero da América Latina, com capacidade para moer até 400 mil toneladas/ano de cacau.

Diante do cenário, todos os ex-trabalhadores da empresa que ajuizaram ações trabalhistas nos anos 90, e que ainda não receberam seus créditos, devem entrar em contato com os advogados para verificar a possibilidade de reivindicar os valores pendentes.

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