Obra da BYD tinha trabalho "escravo"
Uma ação do Ministério Público do Trabalho resgatou 163 trabalhadores chineses que trabalhavam em condições desumanas na contrução da fábrica da BYD em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Os trabalhadores eram obrigados a pagar caução e tinham 60% de seus salários retidos.
Eles recebiam só 40%, em Yuans (moeda chinesa) e tinham os passaportes retidos pela empresa. Caso resolvessem sair do trabalho, a rescisão antecipada gerava a perda da caução, dos salários retidos, mais o custo da passagem de volta e restituição da passagem de ida. Na prática, saiam sem um centavo.
Os fiscais dizem que os trabalhadores viviam em alojamentos de uma empresa terceirizada, prestadora de serviços para a indústria automobilística. Eles dormiam em quatro alojamentos, todos com cenário degradante. As camas não tinham conchões e as pessoas ficavam misturadas com os alimentos.
Os banheiros eram precários e havia apenas um para 31 funcionários em um dos alojamentos. Os banheiros não eram separados por sexo, não possuíam assentos sanitários nem, higiene. As roupas eram lavadas nos próprios sanitários. Só um dos alojamentos tinha refeitório, improvisado e com poucos lugares.
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