Roubo de cacau vira epidemia na Bahia

O cacau tem batido recordes de preço na bolsa de New York, chegando a 10,202 dólares a tonelada nesta segunda. Ainda está longe da época de ouro do produto, nos anos 70, quando chegou ao equivalente hoje a 20 mil dólares. Mas já é o suficiente para movimentar o setor e a economia das cidades do sul da Bahia.

Porém, junto com a explosão do valor, tanto internacional quanto local, em que a arroba está sendo comprada por quase R$ 1 mil (R$ 925), voltam dois problemas que tinham ficado no passado. Um é a invasão de fazendas pelo movimento terrorista MST e seus coligados. O outro é o roubo de cacau. Às vezes, os dois juntos.

Antigamente, os produtores podiam usar seguranças armados, mas hoje as regras impostas pelo STF e pelo regime de Lula da Silva (PT), parceiro histórico do MST, tornam quase impossível defender o patrimônio e as vidas dos trabalhadores rurais na área do cacau.

Várias fazendas sulbaianas já foram invadidas e assaltadas, assim como caminhões que levavam sacas de cacau para as empresas. Os assaltos são, em regra, violentos e assustadores, tornando a rotina do campo tensa. Os bandidos rendem e agridem os trabalhadores, e levam o cacau já ensacado e pronto para a venda.

O cacau é levado em caminhonetes ou em caminhões, com a venda assegurada junto a receptadores no sul da Bahia, que depois revendem para as empresas compradoras sem que tenham sua origem averiguada. Quando os marginais não encontram cacau, espancam as pessoas e levam até botijóes de gás.

Nesta semana, o radialista Vila Nova, de O Tabuleiro, comentou que “a polícia precisa tomar uma providência. Estamos fortalecendo a economia com a produção de cacau, mas, infelizmente, isso tem acontecido duas, três vezes por semana, em diferentes cidades da região, como Ilhéus, Itabuna, Una e Uruçuca. Não dá mais".

16:21  |  


Muito esforço foi feito para produzir estas notícias. Faça uma doação para repor nossas energias. Qualquer valor é bem vindo. Pode ser via Bradesco, ag 0239, cc 62.947-2, em nome de A Região Editora Ltda, ou pelos botões abaixo para cartão e recorrentes.

     


sao pedro