Aero pode ter pouso por instrumento

Nesta quinta-feira, em entrevista ao Conexão Morena, da Morena FM, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Ilhéus, Paulo Ganem, defendeu uma ação suprapartidária e regional em defesa do Aeroporto Jorge Amado. Para ele, a sociedade e a classe política devem se unir para ampliar o uso do terminal.

"É preciso que tenhamos união da região, das cidades que utilizam o aeroporto de Ilhéus, que não é só de Ilhéus, ele é regional, para que a gente possa ter em funcionamento todo esse aparato que precisamos para ter mais voos." De acordo com Ganem, o aeroporto sofre restrições que podem ser superadas com tecnologia.

Ele citou a retomada do sistema de pouso por instrumentos, que ajuda os pilotos a se aproximar da pista e a pousar. Hoje, sem o dispositivo, o pouso no Jorge Amado é feito no visual. Para pousar, o piloto precisa ver a pista a mais de 1.500 metros de altura. "Uma medida simples seria reduzir a altura mínima de visibilidade".

Com passagens caríssimas e poucos voos, o aeroporto é subtilizado e isso prejudica a economia sulbaiana. Na avaliação de Paulo Ganem, só uma forte mobilização regional será capaz de reverter esse cenário, otimizando o uso do terminal. Hoje, o secretário participou do lançamento do Fórum em defesa do Aeroporto Jorge Amado.

Durante o fórum, realizado em Ilhéus nesta quinta-feira, lideranças lojistas, políticas e empresários discutiram a volta do pouso por instrumentos no Aeroporto Jorge Amado. O evento foi guiado pelo comandante Alexandre Reis, aviador com mais de 8.000 horas de voo, que abordou questões cruciais para o equipamento.

Ele destacou a segurança do aeroporto e os altos custos das passagens aéreas na região. Segundo o comandante, a falta de cartas de aproximação precisas durante períodos chuvosos é um fator que aumenta os riscos e os transtornos, forçando o desvio para aeroportos como o de Salvador.

A incerteza do pouso impacta não só os passageiros, como a logística e o turismo. Os voos desviados geram custos adicionais para as empresas, que precisam arcar com hospedagem, alimentação e transporte para os passageiros, além do impacto causado pelo aumento do consumo de combustível.

Alexandre defendeu a implementação do sistema RNP-AR, tecnologia que permite uma aproximação por instrumentos mais precisa, "permitindo ampliar as operações para voos noturnos, reduzir os custos operacionais e, consequentemente, baixar os preços das passagens, tornando Ilhéus mais acessível para negócios e lazer".

7:43 PM  |  


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sao pedro