AM proibe Bolsonaro de sair do país

Nas ditaduras comunistas de Cuba e Coreia do Norte, o cidadão pode ser proibido de sair do país, algo que em países democráticos só se aplica a pessoas condenadas à prisão em última instância. No Brasil de hoje, impedir alguém de sair do país se tornou rotina, mas só para quem pertence ao lado direito da política.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou o pedido da defesa de Jair Bolsonaro para devolver o passaporte do presidente e autorizar a ida dele à posse de Donaldo Trump, que ocorre no próximo dia 20. Bolsonaro não tem nenhuma condenação à prisão.

O passaporte de Bolsonaro foi apreendido em fevereiro de 2024 pela Polícia Federal, durante as investigações que apuram uma fantasiosa "tentativa de golpe de Estado" sem armas, sem exército, sem comando central. Esta é a quarta vez que a devolução do documento é negada pelo ministro.

A defesa de Bolsonaro pediu a Moraes autorização para viajar aos Estados Unidos entre os dias 17 e 22 de janeiro. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestou contra a devolução do passaporte e disse que não há interesse público na viagem de Bolsonaro porque ele "não representa o país".

Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que vai recorrer da decisão do ministro do STF. “Minha defesa vai recorrer da decisão. Eles vão argumentar que houve, no passado, a liberação de passaporte para viajar a pessoas condenadas”, afirmou o presidente em entrevista à CNN.

Bolsonaro alegou ainda que está sofrendo perseguição. “O que eu estou passando aqui é o mesmo que Trump passou lá nos Estados Unidos. Até atentado a homicídio ele sofreu lá e eu sofri aqui”, ponderou. Esta é a quarta vez que a devolução do documento é negada pelo ministro. Com Diário do Poder.

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