Motorista se drogou antes de acidente
O relatório de um acidente que matou vários moradores do sul da Bahia mostra a gravidade do consumo de drogas por motoristas de caminhão nas estradas. Nesta terça, a polícia prendeu Arilton Bastos, motorista da carreta que matou 39 pessoas em Lajinha, distrito de Teófilo Otoni, em dezembro.
Ele foi preso por policiais de Minas Gerais em conjunto com os dos Espirito Santo. As vítimas estavam num ônibus que fazia a rota entre São Paulo e o sul da Bahia, que foi atingido em cheio pela carreta, segundo o inquérito. O acidente deixou entre os mortos moradores de Ipiaú e Gandú.
Arilton é apontado pela polícia como o causador do acidente, em 21 de dezembro, com vários agravantes. Um deles foi fugir do local sem prestar socorro às vítimas, o que é crime. Outra é seu estado. Segundo o juiz Danilo Ferraz, ele estava sob o efeito de cocaína, alcoól, ecstasy e alprazolam, além de outras substâncias ilegais.
O morotista só apareceu numa delegacia dois dias depois do acidente, para evitar o flagrante. Ele foi ouvido e liberado, porque o pedido de prisão preventiva foi negado pela justiça. Isso mudou com a decisão do juiz Danilo de Mello Ferraz, da 1ª Vara Criminal de Teófilo Otoni, que reviu a decisão e ordenou a prisão.
Para o juiz, está provado que o motorista estava sob efeito de drogas. Ele ressaaltou que "o investigado assumiu a direção de uma carreta com aproximadamente cem toneladas, após fazer o uso conjugado de cocaína, bebida alcoólica, ecstasy e alprazolam, além de outras substâncias proscritas”.
A defesa de Arilton Bastos Alves soltou uma nota se dizendo surpresa com a prisão preventiva. “Ressaltamos que o caso ainda está em fase de investigação, não fomos cientificados dos fundamentos da prisão e que todas as providências jurídicas cabíveis serão tomadas para assegurar o devido processo legal e direito de defesa".
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