Brasil, um dos mais corruptos do mundo

Governado por um presidente condenado em quatro instâncias, que voltou ao poder após ser preso e descondenado por corrupção na Lava Jato por tecnicalidades duvidosas, o Brasil atingiu sua pior nota da história no Índice de Percepção da Corrupção (IPC), medido desde 2012 pela organização Transparência Internacional.

Sob o comando de Lula da Silva (PT), em 2024 o país também conquistou sua pior colocação da série histórica do ranking mundial da corrupção. A nota de 34 pontos obtida pelo Brasil no IPC foi motivada por fatores que vão do silêncio de Lula sobre combater corrupção ao desvios de emendas parlamentares.

Passa pelo crime organizado “capturando” o estado e as "descondenações" determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da macrocorrupção Odebrecht na Lava Jato. O Brasil ficou abaixo da média das Américas (42 pontos) e do planeta (43 pontos), cuja pontuação vai de 0 a 100, com a menor indicando mais corrupção.

Com perda de dois pontos entre 2023 e 2024, o desempenho levou o Brasil a cair da 104ª para a 107ª posição do Índice de Percepção da Corrupção, no universo de 180 países pesquisados. A melhor performance do Brasil ocorreu em 2012 e 2014 (época das condenações do mensalão), quando registrou 43 pontos no IPC.

O ranking da corrupção da Transparência Internacional reúne 13 levantamentos distintos, com dados sobre percepção de corrupção coletados por 12 organizações internacionais junto a especialistas e ao mercado dos países pesquisados.

A Transparência Internacional alerta que o desempenho negativo para o Brasil é resultado do crime organizado ter iniciado um processo de “captura” do Estado. E conclui que o Brasil voltou a falhar, em 2024, na missão de reverter a trajetória de desmonte do combate à corrupção ao longo dos últimos anos.

“Ao contrário, o que se viu foi o avanço do processo de captura do Estado pela corrupção. A principal evidência de que estamos entrando no estágio avançado desse processo vai se tornando clara: a presença cada vez maior e explícita do crime organizado nas instituições estatais, que anda de mãos dadas com a corrupção".

Veja os principais motivos para a nota do Brasil no IPC:

- Arquivamentos e anulações em série, determinadas pelo STF, de casos de macrocorrupção decorrentes da anulação de provas produzidas pelo acordo de leniência do Grupo Odebrecht.

- Silêncio reiterado do presidente Lula sobre a pauta anticorrupção

- Falta de transparência e condições de controle social adequadas no Novo PAC

- Percepção de crescente ingerência política na Petrobras

- Reiteradas negativas do Governo a pedidos de acesso a informação sob justificativa questionável de conterem dados pessoais, incluindo casos envolvendo pessoas da alta cúpula do governo

- Persistência de corrupção no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) envolvendo o Centrão e desvios de emendas parlamentares

O diretor-executivo da Transparência Internacional no Brasil, Bruno Brandão, explicou que o IPC não é um índice que olha para apenas para a perspectiva do Executivo, do Judiciário e do Legislativo, mas para uma situação sistêmica observada em todo o país.

Brandão considera muito mais relevante atentar à série histórica e ao fato de o Brasil estar na sua pontuação mais baixa em toda a série histórica, do que observar a variação de um ano para o outro. “Porque é grave e tem que ser recebido como um grande alarme pela sociedade. Porque precisamos reverter essa trajetória".

7:43 PM  |  


Muito esforço foi feito para produzir estas notícias. Faça uma doação para repor nossas energias. Qualquer valor é bem vindo. Pode ser via Bradesco, ag 0239, cc 62.947-2, em nome de A Região Editora Ltda, ou pelos botões abaixo para cartão e recorrentes.

     


sao pedro