EUA interferiu nas eleições do Brasil
As revelações que a investigação do governo dos Estados Unidos sobre como a USAID era usada nos governos de esquerda de Obama e Biden tem chocado não só americanos como pessoas de vários países onde o órgão interferiu para sabotar políticos de direita e garantir a eleição de esquerdistas.
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (United States Agency for International Development, USAID), é um órgão encarregado de distribuir ajuda externa. Criado por John Kennedy em 1961, sua missão era cooperar com outros países em economia, agricultura, saúde, política e ajuda humanitária.
Mas se transformou, nos dois últimos governos democratas, em uma fachada da CIA para interferir em eleições e governos. “Se a USAID não existisse, Jair Bolsonaro ainda seria o presidente do Brasil e o Brasil ainda teria uma internet livre e aberta,” afirmou MikeBenz, que foi chefe da divisão de informática do Departamento de Estado.
Segundo Benz, o “Complexo Industrial da Censura”, como chama o aparato de manipulação da internet montado pelo Pentágono e pelo Departamento de Estado, foi criado para influenciar a queda do governo da Ucrânia, em 2014. Na ocasião, cerca de R$ 30,5 bilhões foram investidos pelos EUA nos veículos de comunicação do país.
Com a alegação de “combater a desinformação”, o complexo atacou a imagem de líderes supostamente extremistas e populistas, muitas vezes através de fake news. Apenas duas semanas depois da eleição de Jair Bolsonaro, em 2018, ONGs como o Atlantic Council convocaram reuniões urgentes.
Elas discutiram o resultado do pleito brasileiro e chegaram à conclusão de que Bolsonaro só venceu por causa das mídias sociais, especialmente chats criptografados de ponta a ponta como WhatsApp e Telegram. Assim, era preciso emperrar a administração de Bolsonaro e impedi-lo de ser reeleito.
Para isso, criaram de uma infraestrutura de censura no Brasil “poderosa e institucionalmente tão ampla e profunda quanto nosso trabalho diplomático oficial”, revela Benz. Um dos envolvidos foi a organização Design for Democracy, que fez uma parceria com o ministro do STF Alexandre de Moraes.
A imprensa do Brasil também foi afetada. “Eles financiaram grupos de mídia brasileiros com milhões de dólares para que promovessem a censura na internet e a proibição de qualquer conteúdo pró-Bolsonaro nas mídias sociais ou em chats criptografados de ponta a ponta,” conta Benz.
Ele conta que foram investidos milhões de dólares na Internews, organização sem fins lucrativos de apoio à mídia que atua em mais de 100 países treinando jornalistas. No Brasil, foram promovidos programas de alfabetização midiática e “programas de integridade da informação”, inclusive em parceria com a Rede Globo.
A derrota de Bolsonaro em 2022 se assemelha à de Donald Trump em 2020. Para Benz, o empresário só perdeu a tentativa de se reeleger porque “foi censurado até o esquecimento” pelo governo dos EUA, com “redes de ONGs e grupos de fachada do Pentágono para censurar praticamente todas as narrativas do lado dele”.
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