PGR denuncia Bolsonaro por "golpe"
Vista como uma cortina de fumaça para desviar a atenção de pesquisas que mostram o derretimento da aprovação do mandatário Lula da Silva (PT) e do crescente apoio à manifestação de 16 de março em todo o país, a Procuradoria-Geral da República ofereceu denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro por "golpe".
Num documento extenso, recheado de condicionantes, a PGR diz que Bolsonaro tentou derrubar o governo enquanto estava de férias na Disney, usando uma multidão sem nenhuma arma nem comando, através da invasão a prédios que o regime Lula falhou em proteger, apesar de ter tropas paradas a poucos metros do local.
Faz sucesso na internet esta foto que mostra um vendedor de algodão-doce no meio dos manifestantes. "É o primeiro golpe da história com vendedor de algodão-doce," ironizaram internautas na rede X. O vendedor também foi preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes por "atentado violento contra o estado".
Bolsonaro e outras pessoas foram acusados pela PGR de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. O próprio ministro da Defesa do regime Lula, José Múcio, descartou qualquer tentativa de golpe e diz foi apenas vandalismo.
O advogado Fabio Wajngarten, da defesa de Bolsonaro, declarou em nota que "recebe com estarrecimento e indignação a denúncia da Procuradoria-Geral da República, divulgada hoje pela mídia, por uma suposta participação num alegado golpe de Estado".
"A despeito dos quase dois anos de investigações - período em que foi alvo de exaustivas diligências investigatórias, amplamente suportadas por medidas cautelares de cunho invasivo, contemplando, inclusive, a custódia preventiva de apoiadores próximos -, nenhum elemento que conectasse minimamente o Presidente à narrativa construída na denúncia, foi encontrado".
"Não há qualquer mensagem do Presidente da República que embase a acusação, apesar de uma verdadeira devassa que foi feita em seus telefones pessoais".
"A inepta denúncia chega ao cúmulo de lhe atribuir participação em planos contraditórios entre si e baseada numa única delação premiada, diversas vezes alteradas, por um delator que questiona a sua própria voluntariedade. Não por acaso ele mudou sua versão por inúmeras vezes para construir uma narrativa fantasiosa", completou.
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