Psicóloga debate os sinais de suicídio
A psicóloga Bárbara Andrade, de Itabuna, afirma que escutar as pessoas em sofrimento psíquico é uma maneira eficaz de prevenção ao suicídio. “Escutar no sentido de dizer: ‘olha, eu estou aqui no que você precisar’”, explicou a profissional em entrevista ao jornalista Marcel Leal no programa Mesa Pra 2, da Morena FM.
Segundo Bárbara, essa escuta pode ser praticada entre amigos e familiares, mas também é parte de abordagens profissionais, como da psicologia. Um detalhe que ela fez questão de reassaltar é o de que nem toda pessoa que tem depressão vai tentar o suicídio e que ele é uma tentativa de parar uma dor interna que não suporta".
Filiada à abordagem psicanalítica, Bárbara também apontou sinais que podem indicar predisposição ao suicídio, como irritabilidade, alterações radicais do humor, isolamento social, insônia, atitude taciturna e mudança abrupta de comportamento.
Bárbara alertou que não se deve abordar a pessoa que está num estado de depressão dando conselhos ou usando frases como "vai dar tudo certo". Ela conta que "a pessoa não precisa que voce diga o que ela deve sentir ou fazer. Só precisa que voce escute, que fique disponível para escutar".
A escuta também é a base da psicanálise, criada pelo médico Sigmund Freud no final do século 19, quando ele publicou o clássico “A interpretação dos sonhos”. Na obra, o austríaco fala do inconsciente e da fala. "Daí o papel central da escuta dos pacientes, que se engajam num processo de elaboração do sofrimento a partir da fala".
A edição desta quarta-feira do Mesa Pra 2 colaborou para o debate sobre o suicídio numa semana em que Itabuna registrou três casos. No Brasil, o Centro de Valorização da Vida presta serviço gratuito de apoio emocional a pessoas em sofrimento, por meio do telefone 188. A ligação também é gratuita e 24h.
Para ouvir o Mesa Pra 2 com Bárbara Andrade na íntegra, basta acessar o Spotify e procurar por “Marcel Leal” ou clicar neste link. O programa vai ao ar, ao vivo, nass quartas-feiras, a partir das 15h. Depois é editado e colocado como podcast no Spotify e no YouTube.
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