Entregas do Correio podem paralizar
Empresas de transporte que prestam serviço para os Correios em todo o Brasil ameaçam suspender as operações a partir de hoje devido à falta de pagamento. O atraso nos repasses já compromete o funcionamento de diversas transportadoras, que relatam dificuldades para arcar com custos como combustíveis e impostos.
Em Cascavel, uma das empresas aguarda o recebimento de R$ 413 mil referente a serviços prestados e faturados desde o dia 16 de março. Há relatos de transportadoras sem pagamento desde o final de fevereiro, o que agrava a situação financeira das empresas.
Na quinta-feira (20), elas emitiram uma carta reivindicatória informando que irão suspender o transporte de cargas nacionalmente devido à falta de pagamento e ao corte abrupto nos valores contratados. Eles alegam que os pagamentos não estão sendo realizados dentro dos prazos previstos contratualmente.
Conforme o documento, "os pagamentos não estão sendo regulares, conforme relatos de cada empresa em particular, além do descumprimento da data prevista para pagamento, conforme previsão contratual, o que torna inadmissível a continuidade das execuções dos serviços".
Outro ponto de discordância citado na carta é o cancelamento do "valor presente", modalidade de adiantamento anteriormente praticada pela estatal e que, segundo as empresas, ajudava a custear as operações. "O corte abrupto tem prejudicado as empresas que costumeiramente fazem uso desse adiantamento", declararam.
"Requeremos regularidade nos pagamentos dos fornecedores de transportes, pois a execução é bem dispendiosa, e retorno imediato do valor presente, sob pena de suspensão geral do transporte de cargas no Brasil dos fornecedores arrolados", alertam.
Caso a paralisação ocorra, o impacto pode ser significativo para o serviço de entrega de encomendas dos Correios, que depende diretamente das transportadoras terceirizadas para a distribuição de cargas em diversas regiões. Os Correios registraram um prejuízo acumulado de R$ 1 bilhão nos dois primeiros meses de 2025.
Parte desse déficit é composta pelo rombo de R$ 500 milhões em janeiro. Projeções mostram que o déficit pode ultrapassar R$ 5 bilhões até o fim do ano. O número representa um aumento de quase 40% em relação a 2024, quando a estatal enfrentou um prejuízo de R$ 3,2 bilhões depois de anos com lucro sob Bolsonaro.
A diretoria atribuiu essa perda à "taxação das blusinhas", ideia infeliz do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que gerou pouca arrecadação e prejudicou as pessoas mais modestas. Além disso, mesmo com rombo milionário, a estatal continua patrocinando eventos de esquerda, como da pirmeira-dama Rosângela Silva.
Os Correios ainda negocia um empréstimo de R$ 4,7 bilhões que vai aumentar ainda mais seu déficit. Ao todo, 118 empresas de transporte estão envolvidas no protesto, algumas com até 600 veículos. Caso o impasse não seja resolvido, a paralisação poderá afetar capitais como Brasília, Curitiba e Belo Horizonte, causando um colapso. Com Diário do Poder.
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