Correio pode ficar sem transportadoras
Empresas de transporte que prestam serviço para os Correios em todo o Brasil ameaçam suspender as operações a partir de segunda (24) devido à falta de pagamento. O atraso nos repasses já compromete o funcionamento de diversas transportadoras, que relatam dificuldades para arcar com custos como combustíveis e impostos.
Em Cascavel, uma das empresas aguarda o recebimento de R$ 413 mil referente a serviços prestados e faturados desde o dia 16 de março. Há relatos de transportadoras sem pagamento desde o final de fevereiro, o que agrava a situação financeira das empresas.
Na quinta (20), as transportadoras emitiram uma carta reivindicatória informando que irão suspender o transporte de cargas nacionalmente devido à falta de pagamento e ao corte abrupto nos valores contratados. Eles alegam que os pagamentos não estão sendo realizados dentro dos prazos previstos contratualmente.
Conforme o documento, assinado pelos representantes legais das empresas, os atrasos nos repasses financeiros têm se tornado frequentes, o que descumpre o cronograma contratual firmado com a estatal.
"Os pagamentos não estão sendo regulares, conforme relatos de cada empresa em particular, além do descumprimento da data prevista para pagamento, conforme previsão contratual, o que torna inadmissível a continuidade das execuções dos serviços".
Outro ponto de discordância citado na carta é o cancelamento do "valor presente", modalidade de adiantamento financeiro anteriormente praticada pela estatal e que, segundo as empresas, ajudava a custear as operações. "O corte abrupto tem prejudicado as empresas que costumeiramente fazem uso desse adiantamento", declararam.
"Requeremos regularidade nos pagamentos dos fornecedores de transportes, pois a execução é bem dispendiosa, e retorno imediato do valor presente, sob pena de suspensão geral do transporte de cargas no Brasil dos fornecedores arrolados", alertam.
Caso a paralisação ocorra, o impacto pode ser significativo para o serviço de entrega de encomendas dos Correios, que depende diretamente das transportadoras terceirizadas para a distribuição de cargas em diversas regiões do país.
Os Correios registraram um prejuízo acumulado de R$ 1 bilhão nos dois primeiros meses de 2025. Parte desse déficit é composta pelo rombo de R$ 500 milhões em janeiro. Projeções mostram que o déficit pode ultrapassar R$ 5 bilhões até o fim do ano.
O número representa um aumento de quase 40% em relação a 2024, quando a estatal enfrentou um prejuízo de R$ 3,2 bilhões. A diretoria atribuiu essa perda à “"taxação das blusinhas" imposta pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Memso com rombo milionário, continua patrocinando eventos de esquerda.
Além disso, os Correios estão em negociações para contrair dívidas no valor de R$ 4,7 bilhões. Em 2025, a empresa planeja implantar projetos estratégicos voltados para inovação, modernização operacional e expansão para novos mercados.
Ao todo, 118 empresas de transporte estão envolvidas, sendo que algumas possuem até 600 veículos. Caso o impasse não seja resolvido, a paralisação poderá afetar capitais como Brasília, Curitiba e Belo Horizonte, causando um colapso nas entregas a partir da próxima semana. Com Diário do Poder.
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