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17.Dezembro.2020

Ainda visto como um dos favoritos nas casas de aposta pelo título do Brasileirão, Flamengo enfrenta problemas na escolha da sua liderança


Mesmo nos tempos mais árduos da sua história, o Flamengo vive em meio a grandes expectativas. Essa é a norma para um time com dezenas de milhões de torcedores espalhados pelo Brasil e pelo mundo que mesmo não testemunhando os tempos áureos do time durante as décadas de 1980 e 1990, mantinham em suas mentes o grande número de troféus que gerações anteriores do time conseguiram levantar com o passar dos anos.

 

Tais anos de muitas glórias finalmente tiveram uma contrapartida recente. Sob comando do técnico português Jorge Jesus, que teve em suas mãos um super-elenco que não estava sendo utilizado de maneira ótima pelo antecessor do comandante nativo da cidade de Amadora, o Flamengo acabou com os jejuns do Campeonato Brasileiro e da Copa Libertadores que já duravam 10 e 37 anos, respectivamente.

 

Apesar da saída de Jesus do Flamengo no meio do ano, para voltar a comandar o Benfica em seu país de origem, as casas de aposta ainda acreditam que o time carioca tem grandes chances de reeditar parte do sucesso do ano passado. Os palpites de futebol da Betfair apontam o rubronegro como o segundo favorito ao Brasileirão desta temporada, com o São Paulo comandado por Fernando Diniz liderando as preferências dos apostadores.

 

 

 

Existe, porém, um problema com os prospectos atuais de título do Flamengo. Algo que gira em torno da saída de Jesus do time, e o quão vital era sua presença na Gávea para manter a estabilidade que levou o time a voltar a levantar grandes títulos após tantos anos sem faze-lo.

 

O elenco do Flamengo continua a ser no papel um dos melhores do Brasil em tempos recentes. Da defesa ao ataque, os titulares do time de Jesus e dos técnicos que sucederam o português são fazedores de diferença nos campos nacionais e internacionais, mesmo quando em uma fase mais avançada de suas carreiras - caso do lateral-esquerdo Filipe Luís, e do meia-atacante Everton Ribeiro.

 

Entretanto, Jesus era também quem “blindava” o elenco e seu respectivo trabalho de todas as nuances extra-campo inerentes às questões políticas do clube que faziam com que seu desempenho no campo e bola não atendesse as expectativas de seus torcedores. Jornalistas com contatos no clube apontam para tal como uma das razões por trás da queda de desempenho do Flamengo depois da saída do ex-comandante, e as consequentes eliminações prematuras em torneios como a Copa Libertadores e a Copa do Brasil.

 

 

 

Mas o motivo principal é discutivelmente a falta de planejamento demonstrada pelo dirigentes após a saída de Jesus, algo evidenciado pela procura imediata de um novo líder com o perfil do antigo “chefe” que levou à contratação de Domènec Torrent. Um nome interessante considerando sua carreira como auxiliar de Pep Guardiola por anos no Barcelona, no Bayern de Munique e no Manchester City. Mas cuja falta de experiência como o técnico principal de um time gigantesco como o Flamengo, foi deixada clara pelos resultados adversos que o técnico acumulou em sua curta passagem pelo time.

 

Vê-se um risco semelhante com o atual técnico do Flamengo, Rogério Ceni. O ex-goleiro são-paulino fez um excelente trabalho como comandante do Fortaleza em suas duas passagens pela equipe. Entretanto, as pressões de treinar o time com uma das maiores torcidas do Brasil - e consequentemente do mundo - são muito maiores.

 

A eliminação do time nas duas principais copas da temporada, a Copa do Brasil e a Copa Libertadores, podem ser “perdoadas” por conta da falta de tempo de Ceni no comando do time. E perder o título da liga nacional para outro time, pode também ser algo relevado pela diretoria flamenguista. Mas a partir da temporada que vem, será a hora de Ceni e da diretoria flamenguista mostrarem que depois de um semi-desastre que foi a curta passagem de Torrent pela Gávea, a confiança no ídolo do São Paulo é certeira.

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