|
Inicio |
Fale conosco | Tempo na Bahia | Servicos | Quem somos | ||
|
História de Itabuna Ponte dos Velhacos ligava a Abissínia à Vila de Tabocas e este era o único acesso entre as duas localidades, descoberto por Félix Severino do Amor Divino. Para sair da Abissínia (hoje bairro da Conceição) e chegar do outro lado da Vila (hoje o centro de Itabuna, nas imediações da praça Olynto Leone), tinha-se que atravessar uma ponte improvisada de pedras. Seria a primeira da vila. Mais adiante existia um outro local, conhecido como Mutucugê (onde fica hoje a Fazenda Progresso, que pertenceu a Nicodemos Barreto). O constante movimento de gente nesta região foi a principal causa do crescimento tanto da vila quanto da Abissínia. A necessidade de trânsito entre as duas partes tornou o sequeiro uma via natural e obrigatória, o que motivou os primeiros habitantes da velha Tabocas a colocar pranchões de madeira sobre as pedras para evitar que as pessoas se molhassem durante a travessia. De acordo com dados levantados pelo Arquivo Público Municipal (APM), tudo isso aconteceu no final do século XIX. "Tororó" Nas décadas de 40 a 60, ainda segundo dados do APM, os administradores fizeram melhorias na ponte improvisada, que mais tarde passou a se chamar "Ponte dos Velhacos". Em 1945, o prefeito Francisco Ferreira da Silva mandou colocar módulos de cimento armado. Mais tarde, já na administração do prefeito Miguel Fernandes Moreira, ela recebeu corrimões de madeiras e foi batizada de "Tororó". Apesar de submersa depois da construção da barragem, ela continuou conhecida até os dias de hoje como "Ponte dos Velhacos". De acordo com o historiador Adelindo Kfoury, o nome "velhaco" dado à ponte não se originou a partir daqueles que gostavam de fugir dos credores para não pagar seus débitos. Segundo o historiador, o nome tem origem inspirada na antiga denominação de "poço dos piaus velhacos". Próximo à ponte existia um poço muito fundo, viveiro inesgotável de peixes conhecidos como piau. Muito ariscos, eles comiam as iscas do anzol e fugiam, deixando o pescador "a ver navios", sem conseguir pescar nenhum para contar histórias. Daí a denominação. Durante muitos anos a velha ponte serviu ao povo, que pressionava as autoridades exigindo melhores condições de passagem. Foi no governo do intendente José Kruschewsky, em 1920, que teve início a construção da primeira grande ponte de cimento, numa das mais novas cidades da Bahia, Itabuna, então com 10 anos de emancipação político administrativa. Todas essas informações estão contidas no esboço de um dos livros que o Arquivo Público Municipal pretende publicar futuramente. O APM está completando neste mês dez anos de funcionamento, e tem concluído alguns trabalhos, resultado de uma intensa pesquisa. Entre alguns temas estão o Rio Cachoeira, os primeiros bairros de Itabuna, transporte, praças, pontes e as primeiras mulheres políticas itabunenses. Segundo a diretora do Arquivo, Cláudia Viana, o trabalho está muito longe de ser concluído porque depende muito da participação da comunidade, que pode fazer doação de acervos e também fazer visitas, mesmo que não seja para pesquisas. Memoria Grapiuna é um projeto da Fundação Jupará com patrocínio da rádio Morena FM 98.7 e jornal A Região. |
Copyright©2003-2008
A Região Editora Ltda, Praça
Manoel Leal (Adami), 34, 45600-020, Itabuna, BA, Brasil |