Videogames ganham distinção além do entretenimento
Quem imaginaria nos anos 80, início da era dos videogames, que um dia seria possivel conectar milhares de pessoas simultaneamente ao mesmo jogo? Em tempos de distanciamento social, os videogames vêm sendo cruciais para diminuir a sensação de solidão e aproximar pessoas - há até mesmo pessoas que transformam jogos como Red Dead Redemption em salas de reunião virtual. Como estamos passando a maior parte dos nossos dias em casa, jogos multiplayer (aqueles que permitem a interação de múltiplos jogadores) se tornaram um grande atrativo, mas não só pelo entretenimento e distração que a jogatina pode proporcionar, como também uma forma de interação social.
“Acho que, além dos jogos propriamente ditos, alguns games, como Fortnite, por exemplo, viraram grandes redes sociais. Você joga e fica ‘amigo’ de pessoas que nunca viu. E agora, mesmo na quarentena, continua essa relação normalmente. Além disso, grande parte dos jogos já oferece serviços de conferência entre jogadores que podem conversar com pessoas em qualquer canto do mundo”, Disse Claudio Lima, CCO da Cheil Brasil.
O público de games aumentou
Fortnite, que alcançou a marca de 200 milhões de usuários registrados, apresenta números assustadores de players online, e ainda assim tem ganhado novos adeptos todos os dias. Já o setor de games que cresce de forma mais consistente é o de jogatina, onde players aproveitam os bônus sem depósito que os cassinos online oferecem para se divertirem. Vários outros vêm tendo resultados semelhantes, como é o exemplo de Animal Crossing, especialmente fora do país.
Focado na cooperação e gratidão, Animal Crossing (AC) consiste em ajudar animais em diversas tarefas. Além de encorajar o comportamento social dentro da plataforma, há pesquisas que comprovam que games deste tipo também estendem o comportamento social para fora do jogo. Além disso, AC conta com pequenas vitórias e objetivos alcançáveis - algo motivador, quando consideramos o que estamos vivendo atualmente.
Um outro exemplo de entretenimento virtual que vêm percebendo um aumento no público é Gartic, plataforma online onde amigos desenham juntos. De acordo com o fundador, houve um crescimento de 1600% desde o início do distanciamento.
Streaming e conexão
Quem lê “conexão” pode achar que é a internet, mas falamos da humana. Desde o seu surgimento, streams são formas de distração. Atualmente, também as usamos como um meio seguro para manter o contato social com amigos e familiares. Além disso, muitos players profissionais e amadores fazem streams enquanto jogam, e fãs assistem enquanto conversam via chat. Tornando-se cada vez mais comum, elas vêm se consolidando como um mercado multimilionário do entretenimento.
Jogadores se divertem e ganham dinheiro dos seus seguidores e patrocinadores, enquanto os seguidores conhecem pessoas e compartilham interesses, além de se divertirem com o stream.
Segundo Tiago Xisto, CEO da e-Sports Vivo Keyds, “Além de jogar, essa audiência adora assistir às livestreams dos seus influenciadores favoritos. Com isso temos um grande boom no período. É uma grande oportunidade de engajar ainda mais a sua audiência”. Além disso o espírito de comunidade faz com que os players interajam ainda mais uns com os outros e com os jogos. “As próprias comunidades de jogadores se organizam para realização de campeonatos casuais de forma criativa. Neste contexto, existe um impacto social e psicológico muito importante, já que as pessoas jogam interagindo com outras também conectadas. Uma grande válvula de tensão e stress nesse momento de isolamento e incertezas”.
Juntamente às lives, está a ascensão dos e-Sports, que são uma das poucas fontes de entretenimento esportivo disponíveis atualmente. Contudo, há jogos que se destacam em ambos os mundos: esportes eletrônicos e lives. Dentre os mais assistidos e jogados estão, Counter Strike, League of Legends, Dota 2, Fortnite e Overwatch. Eles dominam o mercado e tem milhares de fãs.
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