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27.Novembro.2014 Tweet Davidson Magalhães, deputado federal “Não tem traição no PC do B” "e Vane será nosso candidato à reeleição nas eleições de 2016," afirma Davidson Magalhães, que assume o mandato de deputado federal pela primeira vez em fevereiro. Ele diz que na Câmara vai firmar o slogan de sua campanha, “compromisso com você” e garante executar ações para o desenvolvimento do Sul da Bahia. Davidson - O P Davidson concedeu entrevista exclusiva ao jornalista Marcel Leal no programa Mesa Pra 2, da rádio Morena FM, onde falou sobre política, projetos, governo do estado e, claro, da eleição para prefeito em 2016 e da Câmara neste ano. A Região - Como foi o processo no governo estadual para viabilizar seu nome? Davidson - Saímos de um processo eleitoral onde o PC do B elegeu três deputados estaduais e dois federais. Foi uma força politica que desde o inicio abraçou a campanha de Rui Costa, quando poucos acreditavam. Desde o inicio estivemos na campanha e isso foi reconhecido na negociação para formação do novo secretariado. O PC do B tem as secretarias do Trabalho, com o ex deputado Álvaro Gomes e a da Mulher, onde teremos Olivia Rebouças. Como temos Josias Gomes, que vai assumir a Serin e Nelson Pelegrini no Turismo eu, que estava na suplência, vou assumir a partir de fevereiro o mandado de deputado federal. Foi uma vitória importante. E vamos ter na Secretaria da Agricultura uma itabunense, Fernanda Mendonça. Você acha que a composição do governo de Rui está mais técnica? Não, acho que é um misto de técnicos e políticos. Acreditamos que saímos bastante fortalecidos, com nomes como Rosemberg e Augusto, de Itabuna, Beto Tavares e Ângela em Ilhéus e eu na câmara federal. A região entra numa agenda positiva e será uma agenda dos grandes investimentos, com o Porto Sul, por exemplo. Com relação ao Porto Sul, parece que desde o inicio o Ministério Público Federal tem se mostrado contra, não? Eu acho que estão prestando um desserviço à região. Temos investimos como a Fiol e precisamos investir para além do cacau. Temos um esvaziamento imenso na agricultura da nossa região. Precisamos reforçar essa agenda. Nesse primeiro vetor é a questão da região metropolitana do sul da Bahia. Já tem um projeto estadual para isso. Você acredita que hoje é mais fácil esse projeto sair do papel? Hoje é mais uma necessidade. Há um interesse comum. Tratamento de resíduos sólidos, mobilidade urbana que envolva os dois municípios. Temos ainda as bacias hidrográficas da região, que precisamos mover ações para serem recuperadas, a questão da saúde, acho que são desafios que impõem ter representação politica. Como é o grupo que foi eleito, você tem abertura para conversar? Minha militância na politica é antiga, participei da coordenação da primeira e segunda campanhas de Wagner. Acho que precisamos articular uma bancada de defesa dos interesses da região, inclusive com os da oposição. A ideia nossa é, suprapartidariamente, fazer articulação politica que permita um esforço na câmara federal. O governo Wagner se voltou mais para o interior. Você acredita que Rui vai seguir essa linha? Historicamente a Bahia vive a Bahia do litoral e a região metropolitana. Os investimentos que chegam ao Sul da Bahia vêm com o esforço de fazer uma relação transversal. Tudo é sul / norte, oeste / norte, com destino final em Salvador. Vamos fazer com a Fiol um corredor de integração com o Sul da Bahia. Economicamente vamos ter oportunidade de integração. Estivemos conversando com o senador Walter Pinheiro sobre o complexo logístico de Itabuna, que é fundamental. O PC do B está no governo Vane e temos visto nos últimos dois meses dificuldades como repasse picotado, a questão da saúde e outros fatores. Há conversa para que melhore? Está havendo mudanças na Secretaria de Saúde. Com a volta da plena existia um acordo que não foi cumprido. Tem um subfinanciamento da saúde real no Brasil e Itabuna, por ser um polo, fica ainda mais prejudicada. O município teve um gasto no mês passado de mais de R$ 1 milhão com pacientes de Ilhéus e recebeu só R$ 96 mil. Eu defendo o retorno do CPMF para a saúde... Mas já foi lançado, "exclusivo" para a saúde, e não foi usado nela. O brasileiro não aceita mais... É, mas os recursos da saúde hoje são pequenos. Um plano da saúde hoje, no mínimo, por pessoa não sai por menos de R$ 400. Estamos conseguindo com os deputados federais uma emenda, já em fevereiro, para tentarmos resolver o impasse com a saúde, inclusive com a Sesab, para que amplie os recursos. O problema da gestão está resolvido. Eric Ettinger tem dado rumo certo. A formação de um consórcio intermunicipal vai ajudar a resolver essa questão. O hospital regional que será construído na Costa do Cacau será estadual e vai desafogar o Hospital de Base de Itabuna e com isso ajudar a resolver o problema. Itabuna herdou uma folha inchada, que consome mais de 54% da receita liquida. Vane vai ter que demitir gente. Existe muita resistência? A lei fala que é preciso ter um superavit liquido, entre o que se arrecada e o que gasta. Quando se vê, é para pagar dividas que vieram lá detrás. O que se precisa observar é que, do ponto de vista do serviço público, se não contratar pessoas para a saúde, a educação, o serviço não anda. O que deve ter é equilíbrio. Mas não adianta ter muitas pessoas trabalhando se não tem material de consumo. Acho que Vane tem feito um esforço no sentido de adequar à LRF. Mas não é fácil. Há boatos na prefeitura de que você romperá com Vane para ser candidato a prefeito de Itabuna. Não é verdade, é? Não tem traição no PC do B. Fizemos um compromisso com o governo e participamos dele. Temos vice prefeito e secretários. Temos responsabilidade com essa administração. Vane será candidato à reeleição, se quiser, e ele é o prefeito. Estamos com ele e vamos honrar esse compromisso. O PC do B tem participado do governo, apesar de alguns lá dentro tentarem nos colocar em dificuldade, com o intuito de derrotar uma força politica construída com seriedade. Você tem experiência no legislativo e na administração, o que prefere? Tive 8 anos de experiência como vereador, já fui assessor de deputado federal, de minha mãe Zenaide na Câmara de Itabuna e há 13 anos vivo a experiência executiva. Três anos na secretaria de Agricultura de Itabuna, 7 na Bahiagás, 2 no Conselho Fiscal da Coelba, fui presidente do Conselho Fiscal da Neoenergia e acumulei experiência razoável. Vejo um desafio grande na câmara federal. Não descarto a possibilidade de, no futuro, exercer uma tarefa no executivo. Você assumiu a Bahiagás e lá não existiu desgaste politico. Essa má fama da Câmara vai te incomodar? Se você vê o estado brasileiro, isso é coisa do poder no Brasil ter uma marca patrimonialista, uma herança portuguesa, achar que existe confusão entre o privado e o público, ou seja, as cosias do estado serem tratadas como se fossem pessoais. Mas isso se dá no legislativo, no executivo e no judiciário. É o conceito do império português. A única forma de combatermos isso é o exemplo. Não tenho o receio do desgaste. Na Câmara existe trabalho, mesmo que o plenário esteja vazio os corredores estão lotados. E apesar das mordomias há o desgaste de viajar, voltar para casa... Sim, existem muitos eventos políticos, visitas no interior, contatos políticos como o que tive com o prefeito Vane durante a instalação do Call Center. Também tive reunião com o secretário Eric Ettinger para fazer um levantamento da situação da saúde. E olhe que estamos ainda no recesso... Você é economista e estamos vivendo um momento econômico complicado. Temos investimentos vindos e Itabuna precisa se preparar. Existem planos para isso? Eu vou propor trazer algumas pessoas que estão à frente dos grandes investimentos e que dominam um pouco essa nova realidade. Minha ideia é fazer um grande seminário dos impactos dos novos investimentos e um subsidio para que os governos municipais preparem as cidades. Já temos um impacto com a universidade federal, o que já é muito importante. A Coelba parece ser a única empresa que se preparou. Já tem inclusive um plano para ampliação de energia para o norte de Ilhéus. Mas não vejo ninguém se preocupar quanto a esgoto, água... Eu acho que algumas questões já estão sendo enfrentadas. A barragem, por exemplo. Ilhéus não tem saneamento, mas já está buscando. As pessoas pensam muito no planejamento em curto prazo e já foi, acabou. Quando eu estava na Bahiagás, a Veracel e a Suzano juntas consomiam quase 400 mil metros cúbicos de gás por dia. Itabuna consome entre 18 e 20 mil m2/dia. No extremo Sul fizemos um investimento de R$ 30 milhões. Aqui fizemos um de R$ 20 milhões para construir a rede a ser inaugurada em março e o gasoduto Ilhéus / Itabuna, que é de R$ 50 milhões. Parece desproporcional hoje, mas vai construir isso depois que todo mundo já chegou? As empresas não vão se instalar se não tiver condições mínimas e básicas para isso. |
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