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18.Julho.2015 Tweet Roberto Jose, secretário “Parece que Itabuna nunca teve secretaria” de trânsito, afirma o secretário de Transporte e Trânsito de Itabuna, Roberto José da Silva, durante entrevista exclusiva ao programa Mesa Pra 2 (quartas, 15h), da rádio Morena FM, quando abordou os principais problemas do trânsito da cidade com o jornalista Marcel Leal e falou de política. Roberto, que acumula a presidência da FICC, é geógrafo, especialista em Planejamento de Cidades pela Universidade Estadual de Santa Cruz e mestre em Geografia com ênfase em Criminologia pela UFSE, Universidade Federal de Sergipe. Confira o papo. ML - Como está a obra da rotatória da avenida Juracy Magalhães? RJ - Está quase pronta. Ali existe uma demanda muito grande. Depois de estudos, ela segue as normas da ABNT, por isso tivemos que ampliar as margens. É uma rotatória de pista dupla, onde se tem que circular sempre no sentido anti-horário. De quem é a prioridade? A prioridade é de quem está na rotária. Estamos finalizando a parte de construção civil, vamos recapear e fazer a sinalização horizontal. A vertical já foi feita, uma boa parte. Também vamos jardinar todo o canteiro central, que não é feito para o pedestre passar. Para ele haverá três passagens, elevadas. Também colocaremos radares de velocidade e, ao final, teremos uma grande e bonita avenida. Isso vai trabalhar também o orgulho do itabunense, de pertencer a uma cidade que está se organizando. Fizemos estudos dos principais problemas do transporte e trânsito. No transporte identificamos problema no mototáxi, no táxi e no transporte público. Ou seja, tudo? É, parece que nunca teve uma secretaria de Transporte e Transito em Itabuna, e o fechamento dos cruzamentos da morte foi uma decisão que exigiu sangue no olho. Mas hoje temos uma redução de mais de 150 casos, se comparado ao ano anterior. A cidade precisa ter um transito seguro e eficiente. Itabuna sempre teve problema no trânsito, com muitos carros e nenhum planejamento. Itabuna nunca foi planejada. Somos uma região metropolitana, a segunda maior da Bahia. A primeira é a de Salvador e a segunda de Feira de Santana, que só tem 800 mil habitantes. Aqui temos mais 1,2 milhão de habitantes com dois centros, Itabuna e Ilhéus. E todos passam por aqui... Sim, porque somos entroncamento. Nossa estrutura viária é anterior à década de 80 e, se não repensarmos para os próximos 20 anos, ninguém vai a lugar nenhum. A região receberá o complexo intermodal, o porto sul, a ferrovia e o aeroporto. Já pensou? Achei bacana o projeto de substituir a rotatória do São Caetano, mas alguns acham que ele vai embolar aquele trecho na Beira Rio. Vai? Não necessariamente. Vamos fazer por partes. Primeiro tirar aquele fluxo que sai do Banco Raso via semáforo para a Princesa Isabel. Quem vem do São Caetano vai continuar passando pela rotatória. Mas não teremos mais aquele cruzamento. Quem vai para o Banco Raso, vindo do centro, vai entrar à direita. Já quem vem do shopping vai entrar pela rua após a prefeitura. Quem vem do São Caetano para o centro, antes de fazer o contorno mais à frente, vai ter que ir lá no fundo da Câmara de Vereadores. Alguém vai reclamar, mas é preferível andar mais tempo e chegar com segurança do que não chegar. As grandes avenidas não devem tem retorno em todo lugar. Elas são para fluir o transito. Qual a previsão para essa mudança? Acredito que ainda esse ano. Iremos também pelo bairro da Conceição, na Felix Mendonça. Não há mais possibilidade daquela avenida ser pista de mão dupla. Além disso, estamos proibindo estacionamento em determinados lugares, redimensionando pontos de ônibus. Que planos existem para a área perto do shopping? Com a chegada do shopping houve uma demanda grande, mas a estrutura viária é antiga. Teremos uma ponte de pedestres interligando os lados. Esse projeto que não é caro, em torno de R$ 2,5 milhões e até o primeiro semestre de 2016 deve estar pronto. E o retorno próximo ao shopping, onde alguns motoristas dão uma “roubada”? Motorista mal educado é um problema sério. O problema está também na falta de fiscalização. Estamos intensificando nosso braço de educação com blitzen educativas, implantando uma câmara de monitoramento, redefinindo a engenharia de trânsito para dificultar a vida dos infratores. Vamos melhorar também o entorno da Câmara e o estacionamento na avenida Aziz Maron será proibido. Existe um hotel ali onde as pessoas estacionam e estreitam a avenida. Vamos melhorar também a avenida Ilhéus, onde existem sérios problemas. Depois vamos para três bairros grandes e cheios de problemas, São Caetano, Califórnia e Santo Antônio. Por que tantos quebra-molas em toda a cidade? Sou contra os quebra-molas. Se eu fosse autorizar os pedidos que chegam, não poderíamos mais andar na rua. Quanto mais atrasado o lugar, mais quebra-molas. É importante a educação para o transito na pré escola para melhorar isso. Já existe projeto para ela? Sim, vou conversar com a Secretaria de Educação para preparar o futuro cidadão, porque o de hoje... Os índices de acidentes indicam que, em mais de 90%, a culpa é humana, de imperícia ou impudência. O pedestre também precisa entender que deve atravessar só na faixa. E com relação à Patrulha do Som, está funcionando? Os dois telefones não funcionam... Estamos entrando na segunda fase com a Patrulha do Som, com a parte dos bares, numa parceria da Secretaria da Indústria e Comércio. Temos discutido com os coordenadores inclusive com relação aos telefones. Antes as pessoas faziam o que queriam. Estamos hoje na fase de repressão mesmo. Já apreendemos dezenas de veículos e vão responder na justiça por crime ambiental. Quais os projetos que estão em andamento? Estamos finalizando uma reforma na secretaria. Redimensionamos toda a área, dotamos de segurança e melhorias. Está em andamento a licitação de transporte público e já em 11 de agosto teremos uma audiência na Vila Olímpica. A lei prevê a possibilidade de uso de vans? Nessa gestão colocamos os microônibus e a população não gostou, aí colocamos o “micrões” só com motoristas, mas a lei proibiu. Nas vans também precisam de motorista e cobrador. Já pedimos um levantamento, também, dos alvarás. Estamos auditando alvarás de táxi, mototáxis e transporte escolar. Muitos não compareceram na renovação e demos uma segunda chance. Quem não comparecer terá o alvará cassado. Existe algum projeto para o centro da cidade? Inicialmente trocaremos os semáforos por outros modernos e teremos uma central de controle na Settran. Antes não podíamos fazer, mas depois da licitação vamos ter um trânsito melhor e mais inteligente. Vamos também regulamentar as cinquentinhas, que têm feito muitas vítimas. Você me contou, para o futuro, sobre um viaduto. Onde seria? Interligaria a Aziz Maron à Princesa Isabel. Com as intervenções que faremos vai melhorar, mas não resolve. Precisamos de mais uma ponte no final da avenida Amelia Amado para o Conceição. Na Juracy Magalhaes, precisamos de um viaduto para fazer a transposição para o outro lado da cidade. Aqui é meio apertado, mas quebrando um pouco aqui e ali, a gente consegue. Falando de política, você é candidato a prefeito? Eu diria que não posso dizer que não sou... Olhe, o candidato é Claudevane Moreira Leite e, ele não sendo, represento um grupo do PSD, somos um nome. Mas quem deve decidir isso é a população. Lá na frente você tem pesquisa de intenção de voto... Mas se Vane não sair candidato, e independente de outros ligados a Vane... Seria candidato do grupo, do PSD, com Vane. A gente começou a melhorar a máquina e precisamos avançar. Vane teve a coragem de dizer na campanha que Itabuna só vai melhorar com varias gestões. Ele herdou realmente uma máquina sucateada. |
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