CNJ investiga fraude no oeste baiano
O corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, determinou que a Corregedoria-Geral da Justiça das comarcas do interior da Bahia apure denúncia de suposta venda de sentenças na comarca de Formosa do Rio Preto. O documento encaminhado à CNJ é assinado pelo delegado da PF Maurício Salim Sahade Araújo.
Ele apresenta notícia-crime contra duas magistradas que atuaram na comarca, Marlise Freire de Alvarenga e Martha Carneiro Terrin e Sousa. As juízas, segundo a denúncia, estariam envolvidas em um esquema de negociação de decisões judiciais para fraudar a compra de terras.
A Comarca de Formosa do Rio Preto, no oeste, foi foco das denúncias da operação Faroeste, que levou à prisão a ex-presidente do TJ-BA, Maria do Socorro Barreto Santiago, e a desembargadra Sandra Inês Rusciollelli, além de ter afastado o ex-presidente Gesivaldo Britto e os desembargadores José Olegário Monção Caldas e Maria da Graça Osório.
Também são réus na ação penal os juízes Sérgio Humberto Campos, Marivalda Moutinho e Márcio Reinaldo Braga, servidores como Antônio Roque Nascimento, advogados, o suposto cônsul da Guiné Bissau, Adailton Maturino, junto com a esposa, Geciane Maturino, e a família do borracheiro José Valter Dias.
A Operação Faroeste foi deflagrada em novembro de 2019. Na época, o STJ chegou a bloquear quase R$ 600 milhões dos investigados e constatou uma movimentação financeira atípica na conta dos investigados.
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