Encalhe de baleias ajuda a ciência
Com a chegada das baleias-jubarte ao Brasil para mais uma temporada reprodutiva, já começaram também os encalhes. Isso acontece a cada ano e tende a aumentar cada vez mais, devido ao crescimento da população. Graças à proteção internacional, as jubartes vêm se recuperando da matança causada pela caça indiscriminada.
Sempre um evento triste, os encalhes, porém, são vistos por outro prisma pelas instituições que trabalham diretamente na pesquisa e conservação das baleias. Quando elas encalham ainda vivas, as equipes de resgate buscam avaliar as condições e, quando possível, a sua devolução ao mar.
Infelizmente isso é extremamente difícil, e a maioria acaba resultando na morte. Os encalhes de animais que morreram de causas naturais são eventos que fazem parte do ciclo da vida nos oceanos, e as baleias mortas também cumprem um papel no ecossistema marinho, servindo de alimento para muitos outros seres vivos.
Por outro lado, os encalhes com evidências de morte por ação humana – seja por emalhamento em redes de pesca, ingestão de plástico ou colisão com embarcações – permitem detectar ameaças à sua conservação e buscar formas de minimizar os impactos sobre as jubartes e outras espécies que da nossa biodiversidade marinha.
Assim, algo que seria apenas o registro de uma morte se transforma numa oportunidade de contribuir com informações essenciais para o conhecimento e a conservação da espécie. Determinar as causas dos encalhes, colher informação científica e orientar as autoridades exige conhecimento técnico.
É isso que faz com que o Projeto Baleia Jubarte, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, seja uma das instituições mais requisitadas para atender a esses eventos no Brasil, com uma equipe de veterinários e profissionais especializados.
O Projeto mantém um Programa de Resgate de Mamíferos Marinhos, que atende aos encalhes na maior parte do litoral da Bahia, norte do Espírito Santo e em outras partes da costa brasileira, quando acionado por órgãos ambientais ou instituições parceiras.
Além das jubartes, a equipe atende encalhes de outras espécies de cetáceos (baleias e golfinhos) e ajuda a direcionar o atendimento de outros animais marinhos para centros especializados. A remoção e disposição final das carcaças, em todos os casos em que isso se faz necessário, é responsabilidade das autoridades municipais.
É muito importante que, ao encontrar uma baleia ou golfinho encalhados, as pessoas comuniquem ao Projeto Baleia Jubarte, mas não se aproximem do animal, pois ele pode ter doenças que são facilmente transmissíveis. Os encalhes no litoral norte da Bahia são atendidos a partir da base Praia do Forte pelo (71) 99679-2383 (WhatsApp).
O Centro e Sul da Bahia, mais o norte do Espírito Santo são atendidos a partir da base de Caravelas, através dos fones (73) 98802-1874 (WhatsApp) ou (90xx73) 3297-1340 (a cobrar), que também coordena o atendimento a outras regiões do Brasil.
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