Estado ameaça quem usar cloroquina
Travando uma guerra política contra o Presidente Jair Bolsonaro, depois de ter seu partido, o PT, humilhado nas últimas eleições, o governador Rui Costa agora ameaça quem usar a cloroquina no tratamento do Covid-19. Apesar de não haver um estudo definitivo, vários atestam a eficácia do remédio na fase inicial, inclusive um extenso, feito na Inglaterra.
O mais recente, dos Estados Unidos, mostra que a cloroquina reduziu a mortalidade pela metade. Além disso, de uma lista de 17 estudos sobre a cloroquina e da hidroxicloroquina, 12 são favoráveis o uso desses remédios no tratamento de casos leves do novo coronavírus.
Mesmo assim, a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) emitiu, nesta quarta-feira (22), "orientações" sobre o uso da hidroxicloroquina. Ela não recomenda que a cloroquina / hidroxicloroquina "seja utilizada para tratamento ou prevenção da Covid-19 em qualquer contexto que não seja de um estudo de ensaio clínico".
O secretário Fábio Vilas-Boas diz que “os gestores poderão ser objeto de uma ação de órgão de controle por estarem destinando recursos de outras áreas que poderão fazer falta no combate ao coronavírus”. Porém, em abril, o mesmo secretário admitiu que o estado comprou 1 milhão de comprimidos de cloroquina.
Prefeitos do interior dizem que até hoje a Sesab não enviou o remédio para eles. Por isso, vários municípios estão comprandio o medicamento ou pedindo diretamente ao Ministério da Saúde. Em Teixeira de Freitas, o Governo do Estado causou revolta ao mandar apreender remédios doados por empresários e usados com receita médica.
Também houve revolta em Porto Seguro, com a tentativa de barrar o uso de cloriquina enviada pelo Ministério da Saúde depois de um apelo dos médicos da cidade. O protocolo federal libera o uso da cloroquina, desde que o médico considere necessário e o paciente concorde.
Resta saber para que o Estado comprou 1 milhão de unidades de cloroquina se não pretende usá-la. A compra de insumos sem necessidade é crime de responsabilidade administrativa.
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