MS manda EPIs, mas estados "seguram"

A enorme demanda de atendimentos médicos no combate ao novo coronavírus provocou a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para os profissionais em todos os hospitais do país. Para saber a gravidade da situação, a Associação Médica Brasileira (AMB) criou, em 19 de março, uma plataforma na internet para denúncias.

Ela registrou, até o dia 21, quase 4 mil reclamações. A Bahia é o quinto estado com mais denúncias, 158, apesar de ter recebido 15 milhões de EPIs do Ministério da Saúde. Médicos do interior dizem que o material tem ficado concentrado em Salvador e raramente chega às outras cidades.

A partir dos relatos, a AMB comunica os estabelecimentos, solicita esclarecimentos e a atualização das informações e notifica o Ministério da Saúde, o Conselho Regional de Medicina (CRM), as Secretarias de Saúde Municipal e Estadual, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Ministério Público.

De acordo com a AMB, até 21 de julho, 782 municípios já tinham se pronunciado. O estado de São Paulo é o líder em escassez de EPIs, com mais de 1.398 registros em 176 municípios. Apenas na capital, foram 455. Rio de Janeiro aparece na sequência, com 422 reclamações em 59 municípios, seguido de Minas Gerais, com 398 denúncias de 114 cidades.

São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre são as três capitais com maior número de registros, que em todo o país já somam 3.873. Entre os produtos mais recorrentes nas reclamações estão máscara N95 ou PFF2 (85%), óculos ou Face Shield (66%) e capote impermeável (65%).

Segundo o Ministério da Saúde, até o dia 17 de julho o Governo Federal já tinha distribuído mais de 208 milhões de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para todo o país. Entre os itens estão máscaras, aventais, óculos e protetores faciais, toucas, sapatilhas, luvas e álcool. 

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