Rio reabre seus bares e restaurantes

Após cem dias com as portas fechadas ou trabalhando apenas com entregas e retiradas, lanchonetes, bares e restaurantes do Rio de Janeiro foram autorizados a reabrir nesta quarta-feira (2), com restrições de horário até as 23h e lotação de até 50%, mantendo a distância de dois metros entre as mesas.

Segundo o Sindicato de Bares e Restaurantes (SindRio), o setor vem enfrentando graves consequências e não há levantamento de quantas empresas conseguirão reabrir. Apenas em abril foram perdidos 18.925 empregos do setor no estado, sendo 11.541 na capital. No Brasil, foram 83.892.

A estimativa até meados de junho era de 27.500 pessoas demitidas pelo setor no Rio. A entidade destaca que, em maio, o recolhimento de ICMS na atividade de bares e restaurantes caiu 83,5%, na comparação com maio de 2019, reflexo da queda brutal no movimento e no faturamento. Em abril, o recuo foi de 70,2%.

“O faturamento estimado do setor no estado do Rio foi de R$ 156,3 milhões, com retração de R$ 788,3 milhões na comparação com maio de 2019. Nos primeiros cinco meses do ano, na comparação com igual período de 2019, o faturamento das empresas do setor caiu 31,6% (-R$ 1,6 bilhão)”, informou o SindRio.

Na semana passada, ele lançou uma campanha para pedir que o governo disponibilize crédito “desburocratizado e direcionado” de capital de giro para suprir o fluxo de caixa de pequenas e médias empresas, com benefícios de carência e taxas de longo prazo. O segmento pede também a postergação de obrigações fiscais e contábeis.

Durante o período de restrições, 60% dos estabelecimentos do Rio continuaram operando com serviços de entrega e retirada. Segundo o SindRio, 40% das empresas tiveram redução de faturamento entre 50% e 80% e 46,6% ficaram sem faturamento nenhum, com as portas fechadas.

“Apenas 50% dos estabelecimentos têm o serviço de delivery [entrega]. Mas a receita com as entregas representa só 25% do faturamento necessário. Fora as altíssimas taxas que os aplicativos cobram, que chegam a 25% do valor da conta”, explica o sindicato.

"Mais de mil estabelecimentos na capital anunciaram que não irão reabrir e, sem auxílio governamental, um terço dos bares e restaurantes pode fechar definitivamente até o fim do ano". (Abr)

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