Sob protesto, hotel já acolhe doentes
De nada adiantaram as manifestações e a representação ao Ministério Público estadual desencadeada pelos moradores da vila de Mamoan, na zona norte de Ilhéus. Já está em funcionamento o primeiro Centro de Acolhimento a pacientes com Covid-19, no Hotel Village Mamoan, que estava desativado.
Apesar dos protestos dos moradores, que alegam a inexistência de alguns serviços básicos, como esgotamento sanitário e coleta regular de lixo, cerca de 20 pacientes já estão acomodados no hotel. O secretário de Saúde, Geraldo Magela, confirmou a informação ao Jornal Bahia Online, editado pelo jornalista Maurício Maron.
O secretário disse que a estimativa, até o final desta semana, é de o número de pacientes dobre no local, chegando a 40 internados. Este modelo de tratamento é para atender vítimas da Covid-19 sem condições de permanecer em isolamento na própria residência.
Magela disse ao portal online que "tem aumentado muito o número de contaminação entre familiares em um mesmo domicílio, especialmente em áreas carentes, onde os espaços dos imóveis mais simples são pequenos e pouco divididos".
Para se ter maior controle sobre o vírus, os pacientes passaram a ser convidados pelo Governo da Bahia a passar o período de 14 dias, isolados, em processo de recuperação. Cada um receberá R$ 500 por esse isolamento. Profissionais da saúde acompanham todo o processo, com avaliação permanente.
IOs doentes não poderão, em hipótese alguma, ter contato com o mundo externo. Na segunda quinzena de junho, moradores de Mamoan questionaram a legalidade da iniciativa. A comunidade ingressou com ação no MP, fez manifestação e até abriu uma vala para impedir a passagem de carros.
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