Justiça afasta prefeito de Jequié por fraude
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região determinou o afastamento do prefeito de Jequié, Sérgio da Gameleira, por 60 dias, depois da Operação Guilda de Papel, da Polícia Federal, deflagrada nesta terça-feira. O vice-prefeito Hassan Iossef aguardava ser notificado para assumir o cargo.
Segundo a Controladoria Geral da União (CGU), foi constatado que verbas cobradas por uma cooperativa de intermediação de mão de obra junto ao município eram ilegais. Tudo aponta para fraude em licitação, frustração de direitos trabalhistas, superfaturamento e desvio de verbas públicas.
Nesta terça, foram cumpridos 10 mandados de busca e seis medidas cautelares diversas da prisão, inclusive o afastamento do prefeito . A ação ocorreu no próprio município de Jequié e em Feira de Santana, com a participação de cerca de 45 policiais federais.
A Operação Guilda de Papel visa a repressão a fraude com licitação e direitos trabalhistas e desvio de verbas públicas em Jequié. As denúncias foram feitas por vereadores e, na diligência, foram encontradas folhas de contratos entre o Município e a cooperativa investigada (Ativacoop) dentro de uma churrasqueira.
Ainda segundo a investigação, a cooperativa estava cobrando do município valores bastante superiores aos pagos para os prestadores de serviço, inclusive verbas fictícias, além de receber pela prestação de serviços de pessoas que jamais integraram os quadros da Ativacoop.
Após análise do Pregão Presencial 016/2018, foi constatado que Jequié fechou um contrato de R$ 29 milhões para o fornecimento de profissionais para as secretarias do município. O mesmo pregão previu que a licitação seria em Lote Único, contrariando as regras da CGU e do Tribunal de Contas da União.
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