Medidas de Rui são criticadas na Bahia

O improviso e a falta de estudos que comprovem a eficácia do toque de recolher e do lockdown são parte das críticas feitas ao governador Rui Costa (PT). O improviso ficou claro ao decidir prorrogar o lockdwon no domingo à noite, sem aviso prévio nem planejamento.

Existem vários pontos do decreto que não fazem sentido. Um deles é liberar as missas e atos religiosos "até 30% da capacidade de lotação". Em uma igreja com capacidade para 3 mil pessoas, a maioria das de Salvador, por exemplo, isso significa quase mil pessoas no mesmo espaço.

A liberação de indústrias não leva em conta o número de funcionários. A Trifil de Itabuna, por exemplo, tem 4 mil empregados, que continuarão aglomerados. O mesmo se aplica à liberação de serviços de call center 24h e centros de distribuição. O call center Tel, de Itabuna, tem mais de mil empregados.

Já o comércio de rua não tem aglomeração nas lojas, em geral com três ou quatro pessoas dentro. Além disso, 30 ou 40 pessoas aglomeradas em um bar são um risco muito menor que 900 em uma igreja ou 300 em um templo evangélico, que estão liberados para funcionar.

A suspensão do transporte às 20h30 também é criticada, porque a população mais pobre não tem outro meio para ir a um serviço de urgência caso precise. Todo este improviso foi criticado pelo presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Itabuna (CDL), Carlos Veloso Leahy.

Depois de receber várias queixas de associados, ele resumiu a situação em um áudio enviado aos lojistas. "A coisa não pode ser feita dessa forma. A partir de amanhã vamos prorrogar mais dois dias. Domingo, oito horas da noite? Se é para ter lockdown por 3, 4, 5 dias, decreta logo 5 dias e não fica com essa palhaçada".

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