PRF testa detectores de drogas nas BRs
Os testes iniciais para definir os requisitos técnico-científicos da homologação dos “drogômetros” no Brasil começaram na terça-feira 3, com a capacitação de policiais rodoviários federais. Os agentes vão aprender como coletar amostras usando o equipamento nas rodovias.
Os aparelhos têm a função de detectar o uso recente de drogas. “As tecnologias evoluem e essa é uma ferramenta importante para detecção de drogas psicoativas, que alteram a capacidade dos motoristas de dirigir, de maneira mais segura”, afirma o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.
As diretrizes estão sendo definidas pelo grupo de trabalho coordenado pelo MJSP, com a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, a Polícia Rodoviária Federal, a Secretaria Nacional de Segurança Pública, o Departamento Nacional de Trânsito e do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
O secretário Nacional de Políticas Sobre Drogas, Luiz Beggiora, destaca que “o recurso arrecadado com a venda dos bens apreendidos dos traficantes está sendo utilizado para financiar políticas públicas na área de segurança pública, a exemplo da implantação do drogômetro”.
A capacitação dos policiais será feita até esta sexta, pela equipe do Hospital das Clínicas de Porto Alegre. “Com o alinhamento da pesquisa à prática realizada por nossos policiais, conseguiremos desenvolver um produto capaz de fazer com que as pessoas se sintam mais seguras nas estradas”, diz o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques.
Os testes serão feitos com motoristas voluntários. Neste primeiro momento, as amostras positivas não vão configurar infração legal, uma vez que os aparelhos ainda não têm homologação. Todas as amostras positivas – e uma fração das negativas – serão armazenadas em freezers específicos e transportados para análise em laboratório.
Os aparelhos escolhidos para o período de testes foram recebidos pelo Ministério, por meio de cessão de uso gratuito, após processo de chamamento público. Após os testes, os equipamentos que tiverem a sua eficácia comprovada serão regulamentados pelo Conselho Nacional de Trânsito e pelo Inmetro.
Os drogômetros são portáteis e detectam substâncias psicoativas como cocaína, maconha, anfetaminas e outras. A coleta é feita por amostras de saliva e não precisa de profissionais especializados, como é o caso da coleta de sangue. Os resultados saem em 5 a 10 minutos. Com Diário do Poder.
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