Baianas querem renovar título de patrimônio

No tabuleiro de Dulcemary, a receita segue à risca a tradição secular, passada de geração em geração. Há 29 anos, é toda caracterizada que ela sobrevive da venda dos quitutes regionais. Além da pimenta, o amor à profissão dá o toque final. “Nosso trabalho, nossa profissão, tem história, tem cultura, tem um legado”.

Por onde se anda no centro histórico de Salvador, lá estão elas. Representantes da identidade baiana, fazendo o que sabem fazer de melhor: o quitute, que é símbolo da cultura afro há mais de 300 anos. A baiana de acarajé Sueli Conceição Tavares tem orgulho do que faz. “Para mim, ser baiana foi a coisa mais feliz da minha vida”.

Esse ofício é considerado patrimônio cultural do Brasil desde 2005. Mas, neste momento, o título é ameaçado em virtude de alterações no perfil das profissionais do tabuleiro. Ele é renovado a cada dez anos, mas venceu em 2015.

A presidente da Associação Baianas de Acarajé (Aban), Rita Santos, explica que a luta agora é ter o título renovado, em meio às mudanças. “Quando o título venceu em 2015 e ninguém falava em renovar, nós começamos a ficar preocupadas".

"Porque estava havendo muita descaracterização da baiana, não só em Salvador, mas em todo o estado. Em outros estados, como Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará, as baianas seguem as regras. Nosso problema está exatamente aqui, no nosso estado”, ressalta Rita.

Recentemente, um relatório favorável à renovação do título foi enviado para Brasília, onde o Conselho Consultivo do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan) vai decidir. O superintendente do Iphan Bruno Tavares destaca que a situação estará em pauta em breve.

”Provavelmente, na próxima reunião do conselho consultivo o processo de revalidação das baianas estará em pauta”, afirma. Outro título, o concedido pelo Iphan da Bahia, precisa ser renovado desde 2017. As baianas ainda pedem um novo título: de patrimônio cultural imaterial da humanidade. Com Abr

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