MP aciona dois por grilagem na Chapada
O Ministério Público da Bahia acusou José Mariano Batista de Souza de fazer grilagem de terras há mais de 20 anos na Bhaia. Ele participa de um esquema de ocupação ilegal de terras e destruição do meio ambiente no Vale do Capão, na Chapada Diamantina, uma região importante para o turismo baiano.
A pena mínima para os crimes é de mais de quatro anos de prisão. Segundo o MP, Souza invadiu e ocupou ilegalmente uma área do Parque Municipal do Boqueirão, em Palmeiras, criado em 2015 para preservar a Mata Atlântica. A área mede 153 hectares ou 150 campos de futebol.
Os promotores contam que José Mariano ateou fogo em uma área de proteção ambiental e já foi acusado em vários boletins de ocorrência, por ameaçar moradores e cercar áreas do Parque. Ele ainda é alvo de três outras ações penais, por lesão corporal leve, ameaças e tráfico de drogas, além de duas na área cível.
Um primo de Souza, Afonso Felinto Timóteo, também foi denunciado por crime ambiental, depois de degradar o meio ambiente abrindo uma estrada dentro do Parque Boqueirão, com corte de vegetação nativa, além de ter dificultado a regeneração natural do bioma Mata Atlântica no início de 2019.
Uma Nota Técnica do ICMBio diz que Timóteo suprimiu uma área de 525 m² de vegetação nativa do Parque, à beira do rio Riachinho, para abrir a estrada de 500 metros de comprimento e 3,5 metros de largura. No Inquérito Policial, ele confessou o corte de mata.
Alegando razões médicas, José Mariano não compareceu à audiência virtual com a Justiça, no dia 14.. Afonso Felinto Timóteo foi à conciliação, reconheceu o erro e tenta acordo com a Justiça. O encontro judicial era de conciliação e tinha o objetivo de promover a desocupação do Parque Boqueirão.
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