Bahia perde um professor diferenciado
O sul da Bahia perdeu um professor e historiador importante neste final de semana. Arléo Barbosa faleceu na tarde de sábado, aos 82 anos, deixando a esposa Cláudia, cinco filhos, nove netos e quatro bisnetos, além de milhares de admiradores de um trabalho de quatro décadas.
Muito querido na região, Arléo revolucionou o ensino de história e manteve a memória de Ilhéus viva através de seus livros. Ele foi presidente da Academia de Letras de Ilhéus e professor da Uesc. Entre suas obras estão Monarquismo e Educação, Nhoesembé, Ilhéus, e Notícia Histórica de Ilhéus.
Arléo Barbosa nasceu em Jequié, no sudoeste da Bahia, mas ainda adolescente mudou para Ilhéus. Em 1988, fundou o Colégio Fênix, onde também lecionava. Em 2004, foi homenageado com a Comenda do Mérito São Jorge dos Ilhéus, concedida a pessoas que colaboram para o progresso do município.
O velório aconteceu na Loja Maçônica Vigilância e Resistência, na Avenida Itabuna. Em 2004, Arléo deu entrevista para o jornal A Região, onde se mostrou realizado. Ele disse que, ao ver seu trabalho publicado, a sensação "é de que valeu à pena. E se tivesse que começar, faria tudo novamente”.
Sobre a palavra Nhoesembé, título de um de seus livros, Arléo contou que "era assim que índios chamavam Ilhéus e significava praia das conchas". Sobre o sucesso de suas aulas, que encantavam os alunos e alimentavam um interesse pela história na classe, ele tinha uma explicação simples.
"Tento dar uma aula de história como se tivesse vivido naquela época. Na verdade, procuro trazer o acontecimento para a sala de aula, como faz o artista em suas peças teatrais", explicou ao Jornal A Região naquela entrevista, que pode ser lida na neste link.
Muito esforço foi feito para produzir estas notícias. Faça uma doação para repor nossas energias. Qualquer valor é bem vindo. Pode ser via Bradesco, ag 0239, cc 62.947-2, em nome de A Região Editora Ltda, ou pelos botões abaixo para cartão e recorrentes.
