Audiência discute empréstimo em dolar
A Câmara de Itabuna promoveu uma sessão especial para debater com a população o pedido do prefeito Augusto Castro para tomar um empréstimo de 30 milhões de dólares que será pago pelos próximos 20 anos. A secretária de Planejamento Sônia Fontes, abriu os trabalhos com uma explicação.
Ela disse que o PIB de Itabuna vem caindo ao longo dos anos e isso se agravou depois de 2018. Hoje, o município é apenas o 14º maior PIB do estado, depois de ficar entre a 7ª e 9ª posições no começo da década. Ela procurou tirar as dúvidas dos vereadores.
O empréstimo desejado terá juros variando entre 2% e 2,5% ao ano, com a carência de até 5 anos junto a um fundo de desenvolvimento sediado na Bolivia. Isso significa que as parcelas só começam a ser pagas no final do governo do próximo prefeito. E serão pagas pelos cinco prefeitos seguintes.
O município diz que o dinheiro será usado na reestruturação urbana e ambiental, expansão da mobilidade urbana e reestruturação dos bairros. O secretário de infraestrutura, Almir Melo Junior, diz que é preciso que Itabuna se prepare para as demandas que virão com a Fiol e o Porto Sul.
Segundo a secretária, o município está apto à captação de recursos em organismos financeiros nacionais e internacionais para os investimentos necessários a atender o diagnóstico que aponta a necessidade de reconstrução da cidade, inclusive para contribuir na redução das desigualdades sociais, após as enchentes.
O secretário Almir Melo Jr afirmou que Itabuna precisa de recursos para financiar seu desenvolvimento, seguindo o exemplo de outros municípios baianos como Feira de Santana, Alagoinhas, Porto Seguro, etc. que elaboraram projetos semelhantes. “Itabuna agora é a bola da vez. Não pode se apequenar".
Presidida pelo vereador Manoel Porfírio (PT), tendo como relator o seu colega Sivaldo Reis (PL), a audiência pública teve dois momentos. No primeiro, os vereadores apresentaram dúvidas e pedidos de esclarecimentos. Depois, pessoas da comunidade fizeram críticas e sugestões para melhorar o projeto.
“Vamos acatar as sugestões, porque a cidade demonstra disposição em atrair investimentos”, resumiu a secretária Sônia Fontes, acrescentando que a lei autorizativa é a 1ª de muitas etapas que ainda envolve o Senado Federal e a Casa Civil da Presidência da República.
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