Ex-vereador de Ilhéus é caçado pela polícia

O ex-vereador Gilmar Sodré está foragido e sendo procurado pela polícia. Ele tem um mandato de prisão expedido pela 1ª Vara Crime de Ilhéus. Sodré foi condenado por estrupo de menor em 2007, a 7 anos de prisão, em 2016. O regime inicial era semiaberto.

Sodré recorreu e foi absolvido, mas a sentença foi confirmada pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) ao analisar um recurso do Ministério Público da Bahia. O acórdão reformou a decisão de primeira instância, que tinha absolvido o ex-vereador e revoltado a sociedade ilheense.

Na época, a relatora Rita de Cássia Machado Nunes escreveu que “a prova da materialidade está positivada no laudo pericial e a autoria é induvidosa, posto que as declarações da vítima e de sua tia conduzem à conclusão que o acusado, inequivocamente, abusou sexualmente da primeira”.

O acórdão do TJ-BA dizia que o vereador "visando satisfazer os seus instintos sexuais, induziu a vítima a manter relação sexual com o mesmo em troca de uma vida melhor”. Também cita que a vítima foi “com ele a um motel e, mesmo dizendo que não iria ficar, ele lhe falou que, já que estavam ali, não iria perder dinheiro".

Os pais contaram que Gilmar Sodré seduziu a menina e passou a encontrá-la sem que eles tivessem conhecimento. Em um dos encontros, o parlamentar colocou a menor em seu carro e a levou para um motel da cidade. A menina tentou fugir, mas foi impedida pelo vereador.

Segundo o promotor Maurício Gondim, a menina contou que, no dia 8 de outubro de 2007, foi induzida, através do oferecimento de vantagens, a encontrar o vereador em um motel e manter relação sexual com ele, num encontro intermediado pela tia.

Tia intermediou o crime

Segundo as investigações, Gilmar Sodré começou a assediar a garota usando a tia, que morava na mesma casa. O pai da menina diz que essa tia costumava aliciar meninas para o vereador e que levava a filha para se encontrar com ele escondido.

Um dia, a tia e uma mulher chamada Carla levaram a criança até a Catedral de Ilhéus e mandaram ela entrar no carro com Gilmar Sodré. A menina estranhou, porque Carla não entrou no carro. O vereador disse que ia passear com a garota na Praia do Cristo.

Ao ver que ele estava indo para outro lugar, na altura da Avenida Itabuna, ela pediu para voltar, mas Gilmar insistiu e entrou em um motel, dizendo que eles iam “namorar” no quarto, A menina, assustada, pediu para ir embora, mas Gilmar trancou o quarto e colocou a chave no bolso.

Ela insistiu, mas ele jogou a menina na cama, arrancou sua calcinha e a estuprou, tirando sua virgindade. Os pais descobriram um mês depois, porque a menina mudou o comportamento e ficou arredia. Uma vizinha, para quem a garota contou o crime, avisou os pais.

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