Pequena indústria sofre com calotes

Segundo o Indicador Nacional da Micro e Pequena Indústria, feito pelo Datafolha a pedido do Sindicato da Micro e Pequena Indústria de São Paulo (Simpi), o Nordeste é a região com mais dívidas não pagas (44%), seguido do Centro-Oeste/Norte (40%).

As regiões Sul e Sudeste aparecem com 27% e 28% de micro e pequenas indústrias (MPI’s) que sofreram com a inadimplência. De acordo com o estudo, deixaram de receber valores que representam mais de 30% do faturamento indústrias do Centro-Oeste (16%), do Nordeste (12%), do Sudeste (6%) e do Sul (5%).

No resultado geral, 31% dos entrevistados sofreram calote, sendo que o impacto foi mais sentido pelas pequenas indústrias, já que 34% deixaram de receber valores que representam até 15% do faturamento. O estudo mostra ainda que a crise também chegou nos parceiros da cadeia produtiva.

10% dos dirigentes ouvidos pelo Datafolha tiveram fornecedores que faliram ou entraram em recuperação judicial nos últimos três meses. Regionalmente, o cenário é mais crítico no Nordeste com 16% de falência entre fornecedores, seguidos de Sudeste (10%), Sul (8%) e Centro-Oeste (7%).

Micro e pequenas indústrias que atendem clientes empresariais também relataram falências: 17% no total, sendo 22% no Nordeste, 20% no Sudeste, 14% no Centro-Oeste/Norte e 11% no Sul. Outro impacto foi a alta dos custos de produção. 62% das MPIs tiveram altas significativas nos custos de produção.

A maior porcentagem está entre pequenas indústrias (79%). Segundo os entrevistados, o impacto principal está no custo de matéria-prima e insumos (45%), e são as pequenas empresas que novamente mais sentiram os prejuízos financeiros (58%).

O Nordeste sentiu a alta da matéria-prima e insumos (45%), mas foi com transporte e logística que a região foi mais impactada nos custos de produção. A pesquisa aponta que 45% dos dirigentes alegam gastos do seu faturamento com modal e desempenho logístico, que inclui o transporte, o manuseio e o estoque de cargas.

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