Agro reage a interferência do PT no MT

Um grupo de 20 órgãos que representam produtores rurais divulgaram uma carta de protesto repudiando a decisão do Tribunal de Justiça do Mato Grosso que diminuiu o período do plantio da soja no estado a pedido do PT. O partido de Lula quer que o estado ignrore a portaria do Ministério da Agricultura sobre a semeadura.

O candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, já tinha chamado o agronegócio de "fascista" ew agora tenta sabotar a principal commoditie de exportação do país, responsaǘel por vários recordes nos últimos anos. A decisão do TJ diz que o plantio deve ser feito só até 31 de dezembro e não até 3 de fevereiro, como tecnicamente indicado.

Esse período de plantio é essencial no combate à ferrugem asiática, a pior praga da lavoura. “Nas diversas regiões geográficas onde a praga foi relatada em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção”, segundo um relatório do Ministério.

“Tal conjugação anômala, PT alegando defender a soja e Judiciário julgando inconstitucionalidade de matéria agronômica, já seria motivo suficiente para alimentar a revolta e a sensação de injustiça dos agricultores”, diz a carta. Ela lembra que o pedido do PT não teve qualquer embasamentio científico.

"A propositura de ação sobre um tema fundamentalmente técnico por um partido que não apenas desconhece a cultura como também despreza e ofende publicamente aqueles que a praticam, é uma amostra escabrosa de uso da justiça para a perseguição de um setor".

"O calendário de plantio defendido pelo PT não foi objeto de estudo científico, mas fruto de uma manobra à sua época para evitar que os pequenos produtores pudessem produzir sua própria semente e ficassem reféns do grupo de sementeiras cujos proprietários se consideram donos do estado de Mato Grosso".

"Não obstante, não vamos fechar os olhos para a verdade, tampouco fingir que não sabemos quem são os reais idealizadores desta ação ardilosa contra os produtores: uma máquina conduzida pelos primos Blairo Maggi e Eraí Maggi, donos dos grupos Amaggi e Bom Futuro e sócios da empresa de sementes TMG e da Fundação MT".

A carta diz que eles "dispuseram do seu corpo jurídico para esta empreitada; de um sementeiro que se profissionalizou em usar recursos que são arrecadados originalmente para a defesa vegetal para ampliar sua influência política, Carlos Ernesto Augustin, vulgo Têti, dono da Sementes Petrovina e de quem os signatários desta carta fazem questão de nunca mais adquirir produtos; de um Senador de ventríloquo que não dá um passo sem a anuência do chefe, Carlos Fávaro e de um Deputado cassado por comprar apoio na ALMT, Neri Geller".

"Os sindicatos rurais signatários desta carta, legítimos representantes da sociedade civil organizada, não se calarão e não vão se atemorizar diante das investidas desses grupos econômicos sobre os direitos constitucionalmente adquiridos dos pequenos e médios agricultores", conclui.

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