afirma o deputado estadual Antônio Vieira (PPB), médico, casado, três filhos, há 27 anos atuando
como ortopedista em Itabuna, onde já ocupou os cargos de vice-presidente do Itabuna Esporte Clube,
presidente do Grapiúna Tênis Clube, e de ex-diretor da 7ª Dires e do Centro de Saúde José Maria de
Magalhães Neto.
Há um ano e meio na Assembléia Legislativa, no desempenho do seu primeiro mandato parlamentar,
Vieira está confiante na reeleição e ampliou o número de municípios de sua base política. Ele tomou
posse em janeiro de 2001, depois de ter sido diplomado como suplente nas eleições de 1998, quando
obteve 14.026 votos.
O deputado do PPB ampliou para 40 o número de cidades onde vai buscar votos, como o apoio do que
chamou de "banda B", ou seja aquelas lideranças, onde se inclui ex-prefeitos, ex-vereadores e
ex-secretários que, apesar de afastados da vida pública, ainda atuam politicamente e são influentes
em nível local. "Eles têm sido muito receptivos ao nosso mandato", afirma o deputado Antônio
Vieira.
A Região - Como o sr. avalia o mandato assumido há cerca de um ano e meio?
Antônio Vieira - Faço uma avaliação positiva, desde quando a nossa experiência política, no
Legislativo, era quase, digamos, zero. Tivemos uma fase de adaptação e gradativamente conseguimos,
com a boa vontade e eficiência do governo do Estado, fazer aquilo que o povo e a região Sul da Bahia
precisam. Estamos dispostos a lutar pelos anseios da sociedade junto ao governo estadual.
AR - E quanto a reeleição qual é a sua expectativa, já que teve 14 mil votos em 1998 e assumiu o
mandato na suplência?
A. V. - Hoje nossa estimativa é de que o PPB só elege candidatos acima de 30 mil votos. Com
segurança estamos trabalhando com mais de 40 municípios, com as chamadas "banda B", que são aquelas
lideranças e ex-prefeitos que, embora estejam afastados da política, participam da vida pública,
como secretários, vereadores etc. e têm sido muito receptivos ao nosso mandato. Temos tido uma
escala ascendente em municípios como Itacaré, onde provavelmente seremos majoritários, e São José da
Vitória, onde tivemos apenas 26 votos e vamos multiplicar por 100. Então é isso o que desejamos e
estamos fazendo, um trabalho que envolve Ubaitaba, Uruçuca, Arataca, Floresta Azul e Iguaí, Lauro
de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, e Buerarema, a nossa mais recente base política. O
povo está entendendo que ajudamos a desenvolver a região.
AR - Como o sr. analisa o mandato parlamentar? É tranqüilo se desenvolver um mandato?
A.V. - Não é muito fácil, não. Você tem que estar aberto às negociações, principalmente com as
oposições que jogam de maneira dura e acham que tudo o que o governo faz é insuficiente para a
sociedade. Mas a oposição não lembra do que foi o governo Waldir Pires, há 15 anos, que se proclamou
a redenção da Bahia e foi um desastre total. Há onze anos que a Bahia está no caminho certo e a
prova disso é a instalação da Ford, que trouxe desenvolvimento e vai gerar 60 mil empregos diretos e
indiretos, pelas outras fábricas que vai atrair. Estamos atuando na defesa dos interesses dos
municípios, independente de partido político ou de quem seja o governante. Estou muito bem em São
José da Vitória e a prefeita que é de oposição, não quer melhorar a cidade e fazê-la crescer. Não
sofrerá retaliação, mas vamos continuar trabalhando que é o que a sociedade deseja e é o nosso
objetivo.
AR - Quais os projetos que o sr. tem defendido ao longo de seu mandato?
A. V. - Ah, são muitos. O nosso maior projeto é a defesa da cacaiucultura, como integrante da
Comissão do Cacau e temos lutado muito. Tem o Fundo de Aval que corresponde a um percentagem dos R$
127 milhões da quarta etapa do Programa de Recuperação da Lavoura Cacaueira e estamos engajado
nisto. Também temos conversado com o Banco do Nordeste que vai atender aos micro e pequenos
produtores. Além disso, temos um projeto tramitando na Assembléia Legislativa para que o governo do
Estado seja responsável pela reconstrução em cirurgia plástica de mamas de pacientes que forem
mutiladas pelo câncer de mama, o que traz um problema psicológico muito grave para as mulheres.
Outro é o que cria a obrigatoriedade de todo mês de dezembro haver um trabalho preventivo de câncer
de pele em todo o litoral, porque é muito grande a ocorrência de adenomas espinocelular e
basocelular que atingem as pessoas, principalmente as pessoas de cor branca mais suscetíveis e pode
levá-las à morte.
AR - O sr. Também tem projetos ligados à infra-estrutura regional?
A.V. - Já temos recursos alocados para a recuperação do Centro de Cultura Adonias Filho e do Parque
de Exposições Antônio Setenta, em Itabuna; e a recuperação da rodovia que liga Lomanto Junior à
BR-415, já em fase de conclusão. Vamos construir uma biblioteca pública em Ibicaraí, o Parque de
Montaria de Jussarí, que também terá reformada sua creche; uma quadra poliesportiva no distrito de
Caoibí, em Itapebi, e outras obras, incluindo as estradas vicinais.
AR - A segurança também tem estado em suas preocupações deputado?
A. V. - É evidente que sim. A única vez que a secretária da Segurança Pública esteve em Itabuna foi
a nosso pedido, quando se responsabilizou em dar uma solução para a questão, inclusive com a
construção de uma Colônia Penal, já que tem os recursos alocados e o terreno.
AR - Não tem prazo para se iniciar esta obra?
A. V. - Já era para ter sido iniciada. Conversei com o coordenador regional de Polícia, delegado
Jorge Luís, sobre isso. Estamos em uma fase de calma e diminuição da violência e da agressividade
mas não o suficiente para que tenhamos tranqülidade. Temos garantida a recuperação de viaturas e a
aquisição de novos veículos da PM e da Civil, com a implantação de pelotão Motorizado utilizando
motos, já que existe o pelotão de Cavalaria e, com a ampliação desse serviço, vamos dar eficiência
aos serviços policiais.
AR - Há uma greve dos professores da rede pública em curso. Anuncia-se a adesão dos professores da
Uesc. O que o servidor público pode esperar de seu trabalho parlamentar?
A.V. - Todas as reivindicações e projetos para a melhoria de salários dos servidores é um
compromisso meu e uma obrigação. Não posso adiantar nada porque na terça-feira passada um encontro
com o presidente da Comissão da Educação, o deputado Antônio Rodrigues, reuniu todos os sindicatos
para resolver os impasses no projeto de lei para a melhoria salarial do funcionalismo. É um
compromisso do governador Otto Alencar a melhoria dos salários, mas tudo depende da Lei de
Responsabilidade Fiscal, já que é preciso ver a disponibilidade. Não é só melhorar o salário de
professor, que vai resolver. Todas as outras classes vão exigir o seu direito.
AR - O sr. está confiante na reeleição e em um novo mandato representando a Região Cacaueira?
A. V. - Confiante sempre estive porque estou levando ao conhecimento da sociedade o por quê de
continuar sendo político. Não sou político para aparecer ou por que é bonzinho ser deputado
estadual. Quero é servir e fazer o que muitos não fizeram, já que não lutaram pelas necessidades do
povo. Como médico presto serviço de maneira unitária, no consultório. Mas com a política o
atendimento é coletivo, já que se serve a um número maior de pessoas com ações de bem estar social.