A Regiao
Volta ao inicio
Inicio
Fale conosco | Tempo na Bahia | Servicos | Quem somos
Opinião

:: Ultimas
:: Geral
:: Itabuna
:: Ilhéus
:: Bahia
:: Malha Fina
:: Charge!
:: Internet
:: Giro Geral
:: Giro da Bahia
:: Entrevistas
:: Artigos
:: Serviços
:: Comercial
:: Contatos
 
 
jupara.com.br
Anuncie aqui: (73) 3617-0335

9 de dezembro de 2006

Cézar Brandão, vereador de Itabuna

"Foi a situação que tentou comprar meu voto"
esclarece o vereador César Brandão, autor do voto que decidiu as eleições da mesa diretora da Câmara Municipal de Itabuna, nesta entrevista exclusiva ao jornal A Região.

A Região - Surgiram boatos de que seu voto tinha sido comprado. É verdade?
       Não. Eu sempre tive como conceito o respeito pelas pessoas, pelo cidadão e meus pais me ensinaram que dinheiro não compra consciência. Votei pela reeleição do vereador Edson Dantas em função de uma análise que já vinha fazendo desde junho. Verifiquei que o grupo que está no poder tem uma tendência de compromisso com a sociedade maior do que o grupo que apóia o prefeito.

AR - E quanto à compra do voto?
       Houve realmente tentativas, não da parte do grupo que eu escolhi, mas do grupo da situação que, através de alguns recursos e benefícios pessoais, tentou comprar o meu voto.

AR - Mas houve também um grande desgaste em sua relação com o prefeito...
       Com certeza. Desde maio eu tinha me colocado como independente, em função do desgaste decorrente de algumas decisões que só beneficiavam o gestor desta cidade. Um exemplo foi o projeto contra o nepotismo no Executivo, que me causou alguns problemas. Na ocasião, eu disse ao prefeito que votar pela permanência do nepotismo causava constrangimento perante meus eleitores, mas ele me disse que eu pertencia à bancada e tinha que votar na decisão do grupo. Foi o que eu fiz, embora contra a minha vontade. Após a segunda votação, eu avisei ao líder do governo o meu afastamento da bancada.

AR - A falta de repasse de verbas para instituições filantrópicas foi outro motivo?
       Sim, e um dos principais. O acordo feito com a administração Fernando Gomes na Câmara foi que a partir de março de 2006 as entidades assistenciais de Itabuna teriam assegurados repasses de 25 a 30 mil reais por mês, mas até hoje o prefeito não liberou recurso nenhum para essas instituições. Não estava pedindo nada em benefício próprio, mas por setores que se sentem representados por mim e ele simplesmente não cumpriu. Além disso, nenhum dos meus 176 pedidos de providência foi atendido pelo Executivo. Nem mesmo uma resposta eu recebi para nenhum desses pedidos.

AR - Essa não seria uma causa própria, tendo em vista que o senhor é dirigente do Albergue Bezerra de Menezes?
       Não, minha relação com o Albergue me faz sentir na pele a dificuldade enfrentada pelas instituições filantrópicas de um modo geral, por falta de recursos. Eu represento essas instituições sociais e seus dirigentes me pressionam, então eu preciso prestar satisfação a esse público. No caso do Albergue, foi-se obrigado encerrar as atividades da creche por falta de compromisso do prefeito, que garantiu que arcaria com a despesa dos funcionários e isso nunca aconteceu.

AR - No meio da crise da saúde em Itabuna, o secretário Jesuíno alegou que o repasse da verba dependia da Cãmara. Isso procede?
       O prefeito pediu suplementação de 40% para a saúde, mas já havíamos concedido no início do ano 48%. Então houve um aumento de receita e não queda, como o prefeito declara. Não achei correta a atitude do secretário em dizer isso, porque verba federal não precisa de aprovação da Câmara para ser liberada e a suplementação foi solicitada para outros setores da saúde. O secretário vem se esforçando, mas numa prefeitura onde a força política é maior que a força técnica, os problemas que aí estão são inevitáveis.

AR - Que denúncias a Comissão Especial de Inquérito (CEI) da saúde vai apurar?
       A CEI foi aprovada e estamos em fase de instalação, com a escolha dos membros. O que iremos analisar são denúncias de desvio de recursos, porque tudo que envolve denúncias precisa ser investigado. Espero que tenham ocorrido erros ao invés de desvio, porque senão isso é caso de Ministério Público e de cadeia.

AR - O senhor esta semana se afastou do PPS. Foi a cláusula de barreira?
       O PPS não conseguiu atingir os 5% necessários, mas o que me levou a pedir afastamento do partido foi uma decisão da Executiva Nacional, sem consulta prévia a seus agentes, de se unir com o PMN e o PHS, formando o Partido do Movimento Democrático (PMD).

AR - Já existe negociação com algum outro partido?
       No momento não. Ficarei sem partido até fevereiro ou março. Já recebi convite de partidos como o PMDB e PSB, mas não sinalizei ainda. Existe tempo.

AR - Sua saída do PPS pode sinalizar apoio a Jacques Wagner e Lula?
       Não necessariamente, mas vamos acreditar no governo Jacques Wagner, que é uma nova opção escolhida pelo povo e sou muito democrático. Estou acreditando no governo Wagner, seu programa era bem melhor que o do governador Paulo Souto.

AR - A Câmara está analisando o Orçamento 2007. O que o senhor observou?
       Tenho estudado o projeto e apresentei emendas. Já havia colocado algumas no ano passado, que não foram atendidas pelo Executivo este ano. Estou direcionando uma verba de quase R$ 500 mil para as entidades assistenciais de Itabuna, esperando mais uma vez que o prefeito veja que essas instituições prestam serviços relevantes à cidade e que precisam de verba para continuar seu trabalho social.

AR - Quais os seus projetos prioritários para o próximo ano?
       Continuar atuando com responsabilidade e respeito à cidade, podendo olhar meus eleitores e a comunidade de frente, dizendo que meu gabinete está sempre aberto, porque eu me considero um intérprete da sociedade. Estou aqui realmente para reivindicar e lutar para que possamos ter uma Itabuna melhor administrada.

AR - O senhor nunca escondeu a intenção em se candidatar a prefeito de Itabuna...
       Acho que preciso de uma estrutura melhor, financeira e partidária. É um sonho para mim, não nego isso a ninguém, mas essa oportunidade só deverá surgir a partir de 2012, quando acredito que estarei preparado para governar a cidade, trabalhando em parceria com a sociedade civil e com grupos representativos da cidade.

AR - O senhor será o vice-presidente da Câmara. Como pretende trabalhar?
       Minha intenção é somar. Edson fez um ótimo serviço, a Câmara de Itabuna, desde a administração de Emanoel Acilino começou a ter uma visibilidade na nossa comunidade de maneira mais correta. Hoje somos um Legislativo mais ético, mais respeitoso e comprometido com Itabuna. Edson está mantendo esse tipo de compromisso e terá a oportunidade de consolidar sua administração nos próximos dois anos. Não serei um vice-presidente omisso, serei atuante.

 

calango.com
Cotações
Dolar, Cacau, Boi Gordo, Café e Leite

Eventos
A agenda de eventos da Bahia, do portal Calango.com

Links
Os sites recomendados por A Região

Balaio
Os classificados online de A Região

Marcel Leal
Artigos do presidente da Rede Morena

Caso Leal
Mais de 7 anos de impunidade

Calango.com
Conheça o Portal da Bahia

Propaganda
Saiba como anunciar em A Região e confira a pesquisa de audiência


[ Geral ] ....  [ Itabuna ] ....  [ Ilheus ] ....  [ Bahia ] ....  [ Malha Fina ] ....  [ Comercial ] ....  [ Giro Geral ]

Copyright©2005 A Região Editora Ltda, Praça Getúlio Vargas, 34, 45600-020, Itabuna, BA, Brasil
Telefax (73) 3211-8885. Reprodução permitida desde que sem mudanças e citada a fonte.