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12 de Julho de 2008

Edson Dantas (PSB), candidato a prefeito

“Não vou fazer um governo de apadrinhados, como outros”
edson dantas diz o presidente da Câmara de Itabuna e candidato a prefeito pelo PSB Edson Dantas. Caso vença a eleição, ele promete que os ocupantes do primeiro escalão serão indicados por critérios técnicos.
      Eleito vereador em 2004 pelo PSB, ele obteve 15.705 votos como candidato a deputado federal em 2006. Dantas afirma que a coligação PSB-PV não significa garantia de empregos para os aliados. Além de vereador, ele é médico ortopedista.
      O presidente da Câmara de Vereadores de Itabuna promete fazer uma administração com austeridade e eficiência, dando, a curto prazo, prioridade para o saneamento básico e a reestruturação da saúde. A seguir entrevista exclusiva.

A Região - Que balanço o senhor faz de sua gestão como presidente da Câmara?
       Acho que nossa Câmara, nos últimos anos, trabalhou muito por Itabuna. Além de aprovar projetos importantes para a melhoria da vida do cidadão, esteve envolvido no movimento contra a privatização da Emasa, que o prefeito queria doar para a iniciativa privada, e na construção do fórum. Lutamos para que ele fosse viabilizado em lugar seguro para as audiências, para os funcionários e o cidadão que busca os serviços da Justiça.

AR - Mas Itabuna segue sem um fórum...
       Mas não desistimos de lutar para que, em breve, a cidade conte com um moderno, em um lugar de fácil acesso. O fórum de uma cidade como Itabuna não poderia ser construído naquele deserto, perto do Hospital de Base. Ele deverá ser erguido no Banco Raso.

AR - Quando que o senhor decidiu ser candidato a prefeito de Itabuna?
       No dia em que iniciei a caminhada pela campanha de 2006. Naquele ano, quando disputei a eleição para deputado, percebi que existia uma lacuna de pensamento e administração. As pessoas perguntavam “por que o senhor não sai candidato a prefeito?”

AR - Mas foi uma decisão correta?
       Acredito que sim. Um levantamento realizado três meses atrás indicava que 65% dos eleitores ainda não tinham candidato. A pesquisa revelou que eles queriam um nome novo. Os dados mostraram que o ex-prefeito e o atual, que ficaram no poder nos últimos 16 anos, não são mais aceitos pela população. Eles estão ultrapassados.

AR - A cidade está um caos. Se vencer, quais serão suas prioridades?
       Saúde e o saneamento. Acho que a qualidade dos serviços na saúde, nos últimos quatro anos, teve uma queda assustadora. As pessoas que vinham para cá em busca de atendimento já não vêm mais. E esses pacientes aqueciam o comércio. Hoje as pessoas estão indo para Ilhéus, Conquista e outras cidades. Perdemos a referência em saúde.

AR - Como o senhor vai reestruturar estes serviços?
       Precisamos reativar o Programa Saúde da Família, que está desativado em 15 unidades. Ele atende mil famílias por equipe com médico, enfermeiro, agente comunitário, que faz o mapeamento da cidade. Isso possibilita que as pessoas sejam atendidas com políticas preventivas, o que evita a lotação dos hospitais. O PSF, quando funciona bem, evita o estrangulamento nos hospitais. O atendimento ao hipertenso, por exemplo, é feito na própria comunidade. Seguindo as recomendações, ele não precisará buscar atendimento médico e economizará. Só de acidente vascular cerebral (AVC) se gasta R$ 40 mil/mês, dinheiro que pode ser economizado.

AR - Que medidas podem melhorar o atendimento hospitalar?
       A educação em saúde. Praticamente não há ações preventivas. Outra coisa é desafogar o hospital de Base com cinco ou seis unidades de pronto-atendimento, 24 horas e em pontos estratégicos. Muitos procuram o hospital quando poderia ser atendidos no posto. Outros ligam para o Samu porque não têm dinheiro para ir ao médico.

AR - O senhor é a favor da estadualização do Hospital de Base?
       Não. Sou completamente contra. Acho que deve ser administrado pelo município, porém com gestão eficiente. As pessoas que colocaram para gerir o hospital não estão preparadas.

AR - O senhor fechou uma coligação estranha com o PV que tem Val Cabral, Reginaldo Silva e Paulo Luna, todos ligados a Fernando Gomes. Se o senhor vencer, esse pessoal estará na prefeitura?
       Não. Isso aí, não. Veja bem, eu tinha que fazer uma coligação, pois sozinho não é fácil vencer a disputa. Primeiro, tentei com o PPS, não deu certo pois foi apoiar Juçara Feitosa. Depois o PP, que também não vingou. Bem, fiz uma aliança com o PV e não ia pedir para expulsar alguns filiados... Isso não quer dizer que temos compromissos com os aliados, caso vença a eleição.

AR - Como o senhor pretende resolver o problema do saneamento?
       Acho que o mutirão é uma das alternativas. A curto prazo é preciso que os bueiros sejam limpos para evitar alagamentos e a proliferação de doenças. Temos um projeto melhor estruturado para ampliar o tratamento de esgoto em Itabuna. Uma cidade do porte de Itabuna não deveria mais ter esgoto céu aberto. E comigo, não terá.

AR - Existe algum projeto para o Rio Cachoeira
       Pretendemos ir atrás de recursos para despoluir o rio, que foi abandonado à própria sorte. Hoje, os esgotos estão sendo jogados diretamente no Rio Cachoeira, o que é um crime. Existem duas lagoas de decantação da Urbis 4 e do São Judas, mas não estão funcionando por falta de bombeamento. O dinheiro existe, mas faltam projetos do governo municipal.

AR - A Emasa tem dinheiro para funcionar?
       Sim. E capacidade de captar recursos juntos aos ministérios. O Ministério das Cidades, por exemplo, acaba de liberar mais de R$ 36 milhões para o abastecimento de água. Os governos estadual e federal entendem que a água é um bem da humanidade. O consenso é que os serviços de água não devem ser privatizados e a água está relacionada com a saúde.

AR - As campanhas são caras. Como é que pretende tocar essa campanha?
       Um ponto positivo é que depois não vamos ficar com compromissos com empresários que ajudaram. Às vezes esse dinheiro que o empresário investe na campanha custa caro, com o candidato ficando na obrigação de recompensá-lo, favorecendo-o em licitações. Isso é o que leva às construções duvidosas. Um exemplo é a Escola Dom Ceslau, que está ameaçada de desabar. Então, vou fazer uma campanha com os pés nos chão, baseada em doações de amigos. Para minimizar essa situação, vou gravar o programa eleitoral depois da meia-noite para ficar mais barato. Já visitei cerca de 25 mil casas e até o final da campanha pretendo ir a quase 100% dos domicílios.

AR - Caso seja eleito, pretende indicar técnicos e nomes de outros partidos?
       Vou buscar o que existe de melhor na sociedade. Não vou empregar pessoas baseado em mérito eleitoreiro. Não vou chamar pessoas para meu governo que não tenham competência. Queremos empregar a pessoa pela sua competência.

AR - O senhor tem projeto para expandir o número de empregos no comércio?
       Sim. Temos uma parceria com a CDL para construir um shopping a céu aberto. O projeto está praticamente aprovado e tenho certeza que o atual prefeito deixará o cargo sem fazer. Outra coisa que sou totalmente a favor é a abertura do comércio até mais tarde. Ela vai abrir novos postos de trabalho, pois é impossível alguém trabalhar das oito da manhã até 10 da noite. A abertura do comércio significa mais empregos e renda para os itabunenses e mais uma opção de compras para os consumidores.

AR - Quais são os compromissos quanto à qualidade do ensino?
       Nós estamos discutindo com técnicos da Uesc projetos para todas as áreas. Pensamos em implantar um pólo de capacitação permanente para os educadores. Além disso, criar estrutura para que o aluno tenha acompanhamento constante e ferramentas para um bom desempenho. Não dá para aprovar um aluno que teve desempenho ruim. É prejudicar o futuro do cidadão. Vamos ampliar, ainda, as políticas de inclusão digital, com internet banda larga nas escolas.

AR - Como avalia a máquina administrativa atual?
       O que existe aí é um caos. Os governos federal e estadual têm dinheiro, mandam recursos para Itabuna, mas a incompetência atrapalha. O prefeito cansou, não quer trabalhar, está desanimado. Veja o caso dos R$ 10 milhões para construir 200 casas. O prefeito foi construir na pista do aeroporto e as obras foram embargadas. Isso é um exemplo de paralisia administrativa. Vamos fazer uma gestão enxuta, transparente.

AR - O senhor falou em geração de empregos, mas citou apenas uma medida
       Itabuna deve aproveitar a chegada de gasoduto e a ampliação do abastecimento de água para atrair mais indústrias. E temos a idéia de formar um cinturão verde no entorno do município.

AR - Como seria desenvolvido este projeto?
       Temos que aproveitar e desenvolver em Itabuna a agricultura urbana nos arredores, estimulando as pequenas criações de frango, plantação de hortifruti, com orientação da Ceplac e recursos do BNB. É uma nova concepção de agricultura. Com isso, fixamos o homem no campo e ajudamos, também, a reduzir a violência.

 

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