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31 de Maio de 2008

Ildes Ferreira, sec. de Ciencia & Tecnologia

“Nosso programa de inclusão digital é o maior do Brasil”
ildes ferreira é o que diz o sociólogo, formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia Ildes Ferreira, que nasceu em Valente em 1948.
      Antes de assumir a SECTI, Ildes Ferreira já tinha sido secretário de Habitação Popular de Feira de Santana, acumulando por um ano a de Agricultura. Dirigiu o Plano Municipal de Habitação Popular, uma experiência inovadora à época.
      Ex-vereador, de 1997 a 2000, Ildes sabe onde precisa ir para que a tecnologia se alastre pelo estado. Secretário que viaja muito e trabalha num ritmo alucinante, ele concedeu esta entrevista a nosso editor Marcel Leal, em Salvador.

A Região - A Bahia ficou praticamente parada nesta área. Quando o senhor assumiu começou do zero?
       Do zero, engatinhando. Nós sentamos com a equipe para construir o que tinha a ser feito, com a realização de conferências, para dar o norte das coisas.

AR - Já tinha estrutura nessa área?
       Ainda hoje não tem. A secretaria não tem um servidor do quadro, ainda vai fazer concurso.

AR - Logo no início da gestão, você já falava em inclusão digital nas escolas. Como está o projeto?
       O nosso, e falo isso com muito orgulho, é o maior programa público de inclusão digital do Brasil. O estado possuiu hoje 364 Centros de Cidadania Digital, estamos implantando mais 326 e temos ainda para este ano outros 220. Vamos chegar ao final do ano, se tudo correr bem, com 950 centros de Cidadania Digital.

AR -Cobrindo quantos municípios?
       Nós queremos universalizar, chegar a todos os 417 municípios, uns mais que outros. Cidades maiores, como Itabuna, Ilhéus, Salvador, terão mais que uma unidade. Cidades menores têm um, o que é muito pouco ainda. Mas desse total, aí que está a novidade, antes trabalhávamos com prefeitura. Por orientação do governador, ampliamos esse leque de parcerias, para ONGs, escolas. Acredito que neste conjunto há umas 50 escolas onde estamos implantando os Centros de Cidadania Digital em comunidades quilombolas, indígenas... Há os tupinambás em Ilhéus, os pataxós, afrodescendentes, rurais. Tentamos fazer o serviço chegar lá na ponta.

AR - Em São Paulo, quando começaram os telecentros, se dizia que o rico ia aproveitar. É assim?
       Sim, mas o pobre também vai lá. Com essa atitude de levar para o quilombola, para a área indígena, esse discurso muda. Está indo exatamente para onde se precisa. Nós temos dados e quem usa esses centros é a população pobre, 90% são estudantes de escola pública.

AR - Tem idéia de faixa de idade do pessoal que mais usa?
       A criança pode usar, desde que autorizada pelo pai, a partir dos 10 anos. O forte é a criança e até os 21 anos de idade. Há um percentual pequeno, de 5%, 6% de usuários de mais de 60 anos, o que é interessante.

AR - Uma coisa importante foi o uso de programas de sistema de código livre...
       Sim, nós só usamos softwares livres. Todo programa, todo projeto é nessa direção, mas não é uma produção nossa. Isso já é usado em vários outros estados e nós adaptamos.

AR - Sua secretaria atua basicamente para o cidadão?
       Para o cidadão, é secretaria finalista. No governo, existem secretarias institucionais, a Seplan, Casa Civil, Relações Institucionais, e as finalistas, aquelas que trabalham com o cidadão. A Secti é uma secretaria finalista.

AR - Qual foi a maior dificuldade que você encontrou no início?
       Ainda encontro hoje, a burocracia do estado. Isso me angustia. Estado com estrutura antiga dificulta muito, me deixa muito ansioso porque o que eu faria em 15 dias na iniciativa privada, gasto três meses no estado. E isso não significa economia de recursos. O pior é isso. Toda coisa tem licitação, mas depois vou ver que se fosse fazer em compra direta, por tomada de preço, seria muito mais barato.

AR - Qual é a participação da Secti nas APLs?
       Temos dez APLs (Arranjos Produtivos Locais) na Bahia. Entre eles, um está próximo de vocês, lá em Ilhéus e Itacaré. É o APL do turismo, para melhorar toda a cadeia do turismo. Pensa no hotel, na roupa de cama, roupa de banho, onde faz, de onde vem, tenta ajudar o produtor daquilo a melhorar.

AR - É formação...
       Formação. É um trabalho que está começando. Estamos interagindo com o secretário de turismo, Domingos Leonelli. Acredito que é um trabalho que vai repercutir bem nos próximos meses porque está tendo uma receptividade muito boa na região.

AR - Na região de Itabuna e Ilhéus, como está o projeto dos Centros Digitais?
       Temos vários centros naquela região. Inclusive está prevista a implantação do Centro Vocacional e Tecnológico que vamos ver se fazemos nesse ano ainda. Lá em Ilhéus, temos um trabalho com o Pólo de Informática e, através do Cepedi, aprovamos um projeto de R$ 100 mil. Enfim, está acontecendo muita coisa.

AR - No orçamento do estado, você já conseguiu a verba que esperava?
       Não. Embora o governador Wagner tenha dado uma atenção muito maior do que no governo passado, o dinheiro ainda é muito pouco. O governador sabe, os secretários sabem, o secretário da Fazenda sabe, o de planejamento sabe.

AR - E o papel da Fapesb neste contexto?
       A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia tem uma receita fixa de 1% da arrecadação do estado, que significa aí, todo ano, R$ 40 milhões para pesquisa. No Nordeste é a principal e, no Brasil, está em 5º lugar. O governador Wagner regulamentou o Fundo de Inovação Tecnológica e destina R$ 15 milhões para ele. Estamos dando os passos que precisava dar há 20 anos.

AR - Quais são os planos para a formação de mão-de-obra de TI?
       Nós vivemos esse grande paradoxo. Em Salvador, temos um desemprego alto mas emprego sobrando. Há empresas procurando profissionais nesta área e não temos. Começamos com a Secretaria de Educação um programa de formação de jovens da escola pública. Estamos com 1.200 em Salvador, Vitória da Conquista e cidades do interior.

AR - Como funciona este projeto conjunto?
       O estudante fica um ano tendo formação básica em informática, e o “sanduíche” de inglês. Porque só o conhecimento de informática não resolve. Precisa dominar minimamente as palavras em inglês que fazem parte desse ritual. O projeto é chegar a 20 mil jovens.

AR - Até porque o próprio governo do estado precisa de webmasters...
       Precisa. Mas as universidades que têm curso nessa área não incorporam o inglês. Conheço profissionais que terminaram o curso, mas não entram no mercado porque não têm inglês. Já conversei com as universidades sobre isso.

AR - Logo vão ter que dominar o mandarim.
       Pois é. Eu estou com técnico na China neste momento. Estamos interagindo e é provável que ainda neste ano eu vá ao país para beber daquela fonte.

 

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