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26 de Fevereiro de 2005

Levy Ganem, ex-presidente da Apemi
"O faturamento da Paulino Vieira subiu 300%"

       afirma o ex-presidente da Associação das Micro e Pequenas Empresas de Itabuna, Levy Ganem. Ele foi presidente da APEMI por dois mandatos consecutivos e deixou o cargo na sexta-feira, 25, depois de tirar a entidade empresarial do anonimato e conseguir, em parceria com o poder público, iniciar o projeto de revitalização da Paulino Vieira.
       Ganem afirma que por conta das obras, que tornaram a rua mais agradável, as lojas registraram um aumento de 300% no faturamento. "Esse e outros indicadores foram constatados em pesquisas realizadas pela AME".
       Além de fazer um balanço de seus quatro anos frente à APEMI, o empresário fala da medida provisória que, entre outros pontos polêmicos, propõe o aumento do imposto de renda das empresas de prestação de serviços de 32% para 40%.

A Região - Qual a posição da APEMI com relação à medida provisória 232?
       Todo dia surge uma elevação de alíquota, um imposto novo, isso vai se somando e fica insuportável para toda a sociedade. Esse aumento da carga tributária penaliza principalmente a pequena e micro-empresa. Portanto, nós vemos com muita preocupação essa coisa se acumulando. É uma situação insuportável. O governo precisa diminuir esta carga tributária de um modo geral para que a gente possa ter um momento de expansão.

AR - O senhor diria que os impostos pesam no bolso do consumidor?
       Sem dúvida. É verdade que as micros e pequenas empresas não recolhem diretamente muitos impostos. Mas, indiretamente, somos penalizados com até 60% dos impostos. Não somos nós empresários que pagamos todo esse percentual. A maior parte dos impostos termina mesmo sendo repassada para o consumidor. Isso torna os produtos mais caros e afugenta os clientes porque o poder de consumo da população está muito baixo.

AR - Quais são as principais dificuldades para as pequenas empresas?
       No momento, é o crédito. A micro-empresa tem uma dificuldade muito grande para conseguir crédito. Em seguida vêm os custos trabalhistas, já que os funcionários custam muito caro em função das contribuições e os impostos.

AR - O senhor fala das dificuldades, mas todo dia é anunciado um novo crédito...
       O dinheiro realmente existe, mas fica no banco sem poder ser utilizado. Isso porque as condições oferecidas estão fora da realidade do pequeno empresário. Este pequeno empresário que tem um apartamento, uma boa renda, não precisa deste crédito. Aquele que precisa do crédito não tem bens para dar em garantia.

AR - Mas o pequeno empresário nunca consegue financiamento?
       Quando ele tem acesso ao crédito é um valor pequeno para tornar o negócio viável. A linha de crédito está sempre fora da realidade e precisamos de um sistema diferenciado. Outra coisa é a questão do tratamento da burocracia, porque se faz ao pequeno praticamente as mesmas exigências feitas aos grandes empresários.

AR - Por que muitas empresas têm um período de vida tão curto?
       Hoje se fala muito em empreendedorismo. Mas o brasileiro é empreendedor por necessidade, não tanto por vocação. Na medida em que as pessoas não têm acesso ao mercado de trabalho, elas ficam à margem do processo e, para obter uma boa renda, têm que se lançar como empreendedor mesmo sem capacitação e treinamento. Mas o principal problema é que existe muita gente precisando empreender por necessidade num mercado que não comporta tanta gente.

AR - O governo do estado decidiu cobrar o ICMS antecipado. Como está a questão?
       É preciso que se faça uma colocação importante: a empresa que estava cadastrada no Simbahia, que pagava uma quantia mensal na conta de luz, teve um imposto novo. Foi um acréscimo muito violento. Não é só a forma que passou a ser antecipada. De forma perversa, esse imposto que foi criado terá que ser antecipado. O fato gerador é na compra e não na venda. Antes tínhamos empresas que eram anistiadas do ICMS ou que pagavam uma taxa pequena. Ele passou a ter que pagar este imposto novo para as compras realizadas em outro estado.

AR - Vocês estão negociando com o governo ou já desistiram?
       Desistir ainda não. Estamos num período de relaxamento, para ver como as coisas vão andar. Até o momento conseguimos, por meio de pressão, que o governo recuasse e baixasse a antecipação, que era de 10%, para 5%. Além disso, o imposto foi parcelado e podemos pagar em três vezes. Ele continua sendo antecipado porque independe você de vender a mercadoria.

AR - Cerca de 17 mil empresas podem ter o registro cancelado. Qual o conselho?
       A atualização dos dados cadastrais é uma exigência do novo Código Civil e temos que nos adequar. A regularização tem um custo do qual acho que a micro-empresa deveria ser isenta. É a chamada taxa de registro. Mas de qualquer forma não é um problema grande. Aproveito o espaço para pedir que todos os empresários atendam esta exigência.

AR - Qual o balanço que o senhor faz dos quatro anos como presidente da Apemi?
       Nesse período concentramos as nossas ações no centro da cidade, porque temos muitas pequenas e micro-empresas no centro e a associação sempre deu mais importância aos bairros. Concentramos em ações fortes, ampliando nosso quadro de associados, buscando beneficiar a todos, independente de ser associados ou não.

AR - Qual a principal realização da Apemi nos últimos quatro anos?
       Foi a revitalização da Rua Paulino Vieira e das transversais. Um projeto que imaginamos como um shopping à céu aberto que venha a se constituir dentro de alguns anos. Itabuna deu um exemplo para o Brasil deste processo de articulação de parcerias entre entidades, empresário e o poder público. O projeto possibilitou o embelezamento da cidade e trouxe mais segurança e conforto para os consumidores.

AR - Mais isso refletiu nas vendas?
       Houve um aumento de 300% do faturamento. O número de empregos também foi triplicado. Isso ficou constatado numa pesquisa realizada pela Agência Municipal de Empregos e Desenvolvimento (AME). Outra ação de destaque foi o ingresso do Sebrae na capacitação com o projeto "Varejo Vivo", para que os lojistas acompanhassem vitrinismo, decoração de loja, layout e treinamento de vendedores.

AR - Quais os projetos que gostaria de ver a Apemi tocando daqui para frente?
       Que os empresário entendam a importância de nos afiliar, de unir forças. Porque individualmente não conseguimos nada, corremos o risco de ser esmagados. Assim acontecerá daqui para a frente se não tomarmos consciência da importância do associativismo, de uma entidade que defenda os nossos interesses e que nos represente. E que a gente possa, a partir daí, manter articulações e montar uma bancada de parlamentares.

 

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