Entrevista com Jose Oduque Teixeira, ex-prefeito de Itabuna, exclusiva para A Regiao
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25 de Outubro de 2003

"Creio que encontrei o caminho certo de economizar o máximo"

       afirma José Oduque Teixeira, explicando porque tem a fama de “pão duro”. Ele explica aqui a fama de mão fechada, diz que não é um nome ultrapassado, fala das suas realizações e seus projetos para a cidade, e ainda sobre famosa “praia de Itabuna”.
       Prefeito de 1973 a 1977, com passagens pela presidência dos principais clubes de serviços de Itabuna e da ACI, ex-comerciário, formado em direito e empresário, Oduque é tido como um dos políticos mais honestos, além de bom administrador.
       Mostrando muita calma, ele não se alterou nem ao ser perguntado sobre a fama de “pão duro” nem quando insistimos com as denúncias de corrupção na administração de Fernando Gomes. Afirmando honrar os compromissos nos horários previstos e bem vestido, Oduque chegou à redação 20 minutos antes do horário marcado.

A Região - É quase unanimidade de que o senhor foi um dos prefeitos mais honestos, além de ser responsável por boa parte da infra-estrutura de Itabuna. Por que encontra dificuldades para ser eleger?
José Oduque Teixeira - Não encontro resistência. Em 1992 tivemos uma eleição com quatro candidatos e as pesquisas diziam que eu aparecia com 42% pontos de preferência. Mas aí ocorreu aquele famoso fenômeno, com Geraldo Simões, que vinha sendo apontado por apenas 13% do eleitorado, vencendo a eleição. Talvez eu tenha perdido a eleição por alguns deslizes, pode ter sido um detalhe. Então eu não sou um nome rejeitado pela maioria dos eleitores.

AR - O senhor é um dos pré-candidatos a prefeito de Itabuna pelo partido (PFL) do governo do estado. O senhor já conversou com as lideranças do partido?
JO - Pelo que tenho observado do senador e do governador, são dois líderes que praticamente não vêm interferindo no processo eleitoral no município. Sei que eles não têm compromisso formal com nenhum candidato. Quem vai decidir o apoio do governo serão as pesquisas. Eu acredito que a gente vai crescer muito até o ano que vem. Estamos apostando que sairemos vitoriosos na disputa com o outro candidato.

AR - O senhor sabe que vai ser uma disputa acirrada e dependerá de manobras políticas...
JO - A decisão de permanecer no PFL foi tomada com plena convicção de que eu estaria pagando o preço da gratidão com o senador ACM e com Paulo Souto. Estou no mesmo partido deles e sei que, se o povo itabunense quiser a minha volta, eu estarei pronto para servir essa terra que acolheu-me com tanta bondade.

AR - O que o senhor destacaria como a sua grande realização quando prefeito?
JO - Quando fui prefeito, de 1973 a 1976, já havia muita gente desempregada, sem renda. Então a minha base foi tentar atrair indústrias para Itabuna. Foi assim que iniciei, com apoio da Ceplac e outras instituições, uma campanha acirrada pela instalação da Nestlé. Fiz de seis a oito viagens a São Paulo e o resultado foi que conseguimos trazer uma unidade da indústria para Itabuna. Além da Nestlé, eu lutei para trazer outras empresas para a cidade, pois sabia que a instalação delas amenizaria o problema do desemprego.

AR - Se for escolhido em convenção e for eleito, quais serão suas prioridades?
JO - A luta para atrair novas empresas para o município. Essa hoje é maior necessidade, pois se não for adotada uma política de geração de empregos a tendência é que aumente a pobreza, a miséria no município. O que pretendemos é oferecer uma oportunidade para que as pessoas da nossa cidade possam trabalhar e manter suas famílias.

AR - O senhor diria que a falta de investimentos estaduais estaria ocorrendo por que o prefeito não faz parte do grupo do governador?
JO - A parceria não chega ser a única alternativa para se administrar o município, mas é muito importante. Para que sejam feitos investimentos em determinadas áreas é necessária a parceira entre município e estado. Se o prefeito for aliado do governo, isso é facilitado.

AR - E aquela história de praia de Oduque, que surgiu na eleição de 92. Foi idéia do senhor?
JO - Foi sim. Quem conhece Brasília sabe que por lá há um lago artificial, onde até ondas existem. Entendemos que Itabuna poderá ter um similar porque a juventude me cobra isso. Estamos estudando a possibilidade de encontrar uma solução técnica que viabilize a criação de um bosque, com uma praia artificial. No Distrito Federal, onde o clima é seco, foi possível, por isso creio que a construção desse lago em Itabuna também seja viável.

AR - Mas seria um projeto muito caro e a cidade tem carências urgentes...
JO - Não. A maior dificuldade seria quanto à enorme quantidade de pedras existentes em praticamente toda a extensão territorial do município. Queremos possibilitar que o itabunense tenha, senão uma praia salgada, mas ao menos um lago de água doce para passear aos domingos e feriados. Além disso, o lugar poderia torna-se ponto turístico.

AR - Depois de prefeito, o senhor apoiou o então secretário Fernando Gomes, e acabou acusando-o, meses depois, de uma série de irregularidades. Como foi?
JO - Administrar significa cuidar bem de uma empresa ou de um órgão público. Eu me preparei e estou muito mais preparado, participando de seminários, estudei muito na própria faculdade e levei muito a sério o orçamento da prefeitura. Não me recordo de, durante a nossa administração, ter ocorrido qualquer denúncia de corrupção.

AR - Mas a pergunta se refere a corrupção no governo do seu sucessor.
JO - Cada ser humano tem o seu modelo, método de pensar, de administrar, etc. No meu governo não dei oportunidade para ninguém se apropriar do dinheiro público.

AR - O senhor não tem receio de ser visto como um candidato ultrapassado?
JO - Isso não me ocorre porque acumulei experiência. Sei fazer obras e sei administrar bem tanto o dinheiro privado quanto o público. É por isso que não me sinto ultrapassado.

AR - E essa fama de pão duro que o senhor tem, incomoda?
JO - Faço uma retrospectiva do que se passou e até hoje acontece em algumas famílias. Penso na situação dos homens que herdaram patrimônios das famílias e não souberam ter o equilíbrio necessário para manter o que lhes foi deixado. Faço uma reflexão também dos meus tempos de vendedor de garrafas, garçom, vendedor ambulante, uma pessoa de origem humilde, de uma vida muito difícil. Fazendo essas avaliações, acredito que encontrei o caminho certo ao economizar o máximo. Aprendi que, se você ganha R$ 10, deve fazer um esforço para economizar 10%, 20% ou 30%. Também não se deve fazer dívidas sem saber de onde vai tirar os recursos. De família pobre, sei como lidar com administração tanto do meu patrimônio tanto da coisa pública.

 

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