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14 de Fevereiro de 2004

Renee Albagli, ex-reitora da Uesc
"Deixei a Uesc com 102 doutores e 253 mestres"

       garante a professora Renéé Albagli Nogueira, que entrou para a Fespi em 1974 e, após ter passado por alguns cargos importantes dentro da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), assumiu a Reitoria em 1996, onde permaneceu até janeiro de 2004, quando terminou seu segundo mandato.
       Renée Albagli graduou-se em Biologia pela Universidade Santa Úrsula, no Rio de Janeiro, especializou-se na Universidade Católica de Minas Gerais e em Genética na Unicamp. Fez especialização em Gestão Universitária na Universidade Estadual do Ceará e Mestrado em Gestão Universitária na Universidade Estácio de Sá. A última etapa deste mestrado foi concluída na St. Paul University, em Chicago.
       A professora e ex-reitora da Universidade Estadual de Santa Cruz recebeu em sua casa a repórter Sabrina de Branco e falou sobre sua trajetória dentro da Uesc, os pontos principais de sua gestão e as expectativas para o novo reitor da Universidade, Joaquim Bastos.

A Região - Quando entrou na Fespi já pensava na possibilidade de se tornar reitora um dia?
       Na Fespi cheguei para ensinar Biologia, especialmente Genética. Eu ministrava um número grande de aulas e trabalhava na Comissão de Assessoria de Planejamento da Universidade. Nesta função, fiquei durante toda a gestão do professor Soane Nazaré e depois fiquei um período sem cargo. Em 1998 fui diretora acadêmica, depois pró-reitora de graduação, vice-reitora e, finalmente, reitora.

AR - Como surgiu a idéia de ser reitora?
       Surgiu durante o mandato da vice-reitoria. Na administração de Altamirando Marques eu acumulava a função da pró-reitoria de graduação e isso me dava uma ampla atuação na comunidade acadêmica. Foi a partir do apoio recebido de um grande número de professores que me preparei para exercer as funções de reitora.

AR - A senhora venceu a eleição já em seu primeiro ano como candidata?
       Na primeira candidatura, que ocorreu em 1996, eu concorri com mais três candidatos e fui vencedora na lista tríplice, encaminhada ao governador. Na segunda, foi uma candidatura única, e em ambas eu estava acompanhada da professora Margarida Fahel.

AR - Qual era a situação da Uesc quando a senhora assumiu o cargo?
       Quando assumi, em 1996, encontrei o processo de estatização concluído, que foi um grande trabalho realizado pelo meu antecessor, Altamirando Marques. Isto possibilitou que, com recursos oriundos do Governo do Estado, que passou a ser o mantenedor da Universidade, fosse possível não só ampliar o pessoal docente, mas o próprio projeto acadêmico.

AR - Quais foram as primeiras providências de seu mandato?
       Nós tivemos duas políticas prioritárias e fundamentais. A primeira foi conseguir agregar uma equipe altamente competente. Não é possível pensar em um projeto universitário se não tiver assessores competentes nas diversas áreas da universidade. E a segunda foi voltar-se à área de recursos humanos, especialmente o corpo docente.

AR - Como ficou o corpo docente da Uesc?
       Naquela época, tínhamos apenas 14 doutores e 48 mestres. Hoje, deixamos a Universidade com 102 doutores e 253 mestres. Isto foi viabilizado a partir de um plano de capacitação docente arrojado, não só com parcerias com outras universidades brasileiras, por convênios, mas também encaminhando os professores para mestrado e doutorado no Brasil e no exterior. Também estabelecemos uma política de concursos públicos somente para mestres e doutores, para acelerar o processo de competência.

AR - Que fatores merecem maior destaque em sua gestão?
       Eu posso destacar o processo de expansão na oferta de graduação. Ele teve como suporte todo um estudo preliminar que é feito quando se quer implantar novos cursos, estudos sobre a área de influência, relevância social, o desenvolvimento de um projeto pedagógico compatível com os desafios impostos, a infra-estrutura física e recursos humanos competentes.

AR - Quais os novos cursos implantados nesse período?
       Em 1997, implantamos o curso de Medicina Veterinária; em 1998, Ciências da Computação; em 1999 foram implantados Comunicação Social, Biologia, Física e Química; em 2000 foi criado o curso de Medicina; em 2001, Ciências Contábeis; em 2002, Línguas Estrangeiras Aplicadas às Negociações Internacionais (LEA); e no vestibular 2004 a Universidade passou a oferecer três novos cursos: Engenharia de Produção de Sistemas, Educação Física e Biomedicina.

AR - Estes foram os de graduação. E quanto aos de extensão?
       Posso destacar a implantação do curso de Formação de Professores para a educação infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental, a Licenciatura Plena em Pedagogia. Foram duzentas vagas em Camacan, Mascote, Santa Luzia, Arataca, Pau-brasil, Juçari e Porto Seguro. A Uesc também atua na educação à distância, com o curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas, participando de um esforço empreendido pelo Governo do Estado para habilitar docentes em nível universitário.

AR - Ainda no aspecto extensionista, que outros trabalhos a senhora destaca?
       O Centro de Documentação e Memória Regional, que agrega a pesquisa e a extensão objetivando a preservação do patrimônio regional. Ele inclui projetos de arquivos públicos e implantação de museus, a exemplo do Casa Verde, de Itabuna, em convênio com a Fundação Henrique Alves, cujo acervo reúne peças do período áureo do cacau. Além dele, tem o Museu da Casa Colonial, em Porto Seguro e o Centro de Documentação e Memória da Costa do Descobrimento. Eu ainda gostaria de destacar o curso de LEA, que tem convênio com a universidade de La Rochelle e constitui-se numa experiência pioneira para ambas, já que o eixo de cooperação é inovador.

AR - E com relação à pesquisa?
       A criação da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado da Bahia (Fapesb) se constitui num elemento essencial como política de pesquisa, uma vez que amplia a perspectiva de captação de recursos externos, que já se fazia através do Finep e do CNPq. Foi algo muito significativo não só para a Uesc, como para todo o Ensino Superior do estado.

AR - Quais são as áreas de pesquisa de maior relevância da Uesc?
       Eu posso citar a área de animais silvestres, com financiamento da União Européia, que serviu para a implantação do mestrado em Zoologia Aplicada. Temos também a participação da Uesc na Rede Genômica Brasileira, o projeto Biodiesel e o de Física Médica, que servirá de suporte para a implantação do Centro de Controle de Qualidade Radiológica. Este projeto tem uma ação social muito forte e trata-se de um serviço que ainda não existe na região. A Uesc também atua na Biodiversidade Marinha e Turismo, mantendo um projeto do curso de mestrado em Cultura e Turismo. Mas eu queria destacar a possibilidade, junto com Uesb, Uefs, Uneb, Ufba, Ceplac, Unifacs, EBBA e Embrapa, de sediar um Instituto Baiano de Biotecnologia. Além disso, posso citar o Centro de Análises Ambientais, um convênio entre a Uesc e a França.

AR - Houve algum projeto não concluído em seu mandato?
       O do Hospital Veterinário, importante não só para o curso de Medicina Veterinária, possibilitando ao aluno que tenha aprendizagem prática, mas também um instrumento de inserção regional. Não consegui concluir este projeto, o que foi lamentável, mas sei que a conclusão se fará brevemente e estará servindo não só à Uesc como à comunidade regional. Lá estão sendo construídas clínicas de pequenos e grandes animais, e vários laboratórios de tecnologia de ponta.

AR - O que a senhora pretende fazer de agora em diante?
       No momento, eu requeri uma licença Premium, estando, portanto, afastada da Universidade para estudar e pensar na viabilidade da permanência na Uesc. A opção pelo setor público será sempre uma prioridade, entretanto ainda não tenho nada a dizer a este respeito.

AR - Existe a possibilidade de vir a ser novamente candidata a reitora?
       Pelo regimento da Universidade, a reeleição se faz por uma só vez, com isso eu com certeza não volto a ser candidata. Este processo deverá ter continuidade. A Uesc detém um corpo docente não só grande do ponto de vista quantitativo, mas, sobretudo, do aspecto qualitativo, e esta seqüência do poder só vai trazer benefícios à instituição.

AR - O que a senhora espera do novo reitor da Uesc, Joaquim Bastos?
       Eu espero que ele continue efetivamente os grandes projetos institucionais, como uma forma de assegurar a consolidação da Universidade, objetivando uma missão importante que ele terá em 2005, que é o recredenciamento da Uesc, para que a região possa orgulhar-se permanentemente desse grande projeto que se constitui, sem dúvida, no maior patrimônio público dessa região.

 

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