Opinião
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31 de Julho de 2004
Ruy Carvalho, candidato a prefeito de Ilheus
"Verdadeira oposição só existe uma"
quem afirma é o candidato a prefeito da frente formada pelo PT, PCdoB e PSB, o médico Ruy Carvalho.
Confiante de que vai ganhar as eleições, Ruy elaborou seu plano de governo para administrar Ilhéus contendo 13 pontos. E garante que seguirá o modelo petista de governar.
Médico, ex-secretário de Saúde e ex-vereador, Dr. Ruy sente-se preparado para administrar Ilhéus e diz que aceitou o desafio por se comover com o apelo do presidente Lula.
A Região - A frente de oposição fracassou?
De verdadeira oposição, só existe uma, que é essa da qual fazemos parte. O resto é oportunismo de um lado, sem compromisso com a nossa terra e os problemas do nosso povo, e do outro políticos defendendo apenas os interesses pessoais.
AR - Para essa frente dar certo faltou conversa ou sobrou vaidade?
Na verdade não faltou nem uma coisa nem outra. Faltou caráter e coerência por parte dessas pessoas que querem enganar o povo dizendo fazer parte de um bloco de oposição a esse governo que ai está.
AR - O senhor acha mesmo que as candidaturas de Roland, Valderico e Ângela estão a serviço do atual prefeito?
A candidatura de Roland tem fortes indícios de que é uma grande armação e está a serviço do grupo que está ai. Roland é a opção do atual prefeito caso seu candidato oficial venha a perder as eleições, o que é provável. Ele sempre esteve do mesmo lado onde estão hoje os aliados do prefeito. E, na nossa opinião, ele é o PFL 2.
AR - E os outros dois?
Valderico é um candidato movido somente pelos interesses pessoais e empresariais, já que ele diz que briga com o prefeito, mas fazia ou faz parte do mesmo grupo. E Ângela precisa se definir politicamente e dizer de qual lado ela está, porque até hoje ninguém sabe.
AR - O PT nunca elegeu prefeito em Ilhéus. Mesmo assim o senhor está confiante?
Tenho absoluta convicção disso. Até porque minha candidatura não é só do PT. Temos uma coligação formada por partidos e pessoas sérias que querem de verdade o melhor para nossa cidade. Além disso, temos recebido manifestações de apoio dos mais variados segmentos e do próprio povo, o que faz com que nossa candidatura extrapole a esfera do PT.
AR - De onde o senhor espera conseguir recursos para tocar essa campanha?
A campanha está sendo tocada pelo partido, por amigos e pela forte militância que nós temos, que é uma ajuda valiosa e que não nos custa nem um centavo. Enquanto os outros candidatos pagam para o povo fazer suas campanhas e segurar suas bandeiras, na nossa campanha as pessoas voluntariamente participam dos eventos.
AR - Eleito prefeito de Ilhéus, quais serão as prioridades do seu governo?
No nosso plano de governo temos, por exemplo, a reestruturação do sistema SUS, a reconstrução da Central de Abastecimento, a criação de centros integrados de educação comunitária, a urbanização das praias, a revitalização da avenida Soares Lopes, a reforma completa do centro, a criação da escola técnica federal de turismo e informática e o desenvolvimento de cooperativas comunitárias nos distritos, vilas e comunidades. No total, são treze pontos que irão nortear a nossa administração.
AR - Mas o seu governo vai se concentrar apenas nesses pontos?
Esses 13 pontos de governo serão apenas a base da nossa administração. Além disso, vamos nos basear nas experiência petista de governar, realizando ações como o orçamento participativo, onde o povo define suas prioridades. O grande diferencial é que nosso governo não terá a cara de Ruy Carvalho, será a administração que o povo de Ilhéus quer.
AR - O que o senhor pretende fazer para diminuir o alto índice de desemprego?
Fiquei estarrecido ao ouvir o atual prefeito falar em uma emissora de rádio que gerar empregos não é função do governo municipal. Isso é um absurdo, pois cabe ao prefeito sim buscar alternativas para gerar empregos. Iniciaremos esse trabalho fazendo Ilhéus voltar à sua condição de uma cidade bonita, bem zelada, para atrair os turistas e fazer com que eles voltem. Com isso vamos criar mais alternativas de emprego.
AR - Depois de 8 anos de administração, onde o senhor acha que o prefeito errou?
Ele começou errando já na primeira administração e depois, quando fugiu dos caminhos que tinham sido traçados pelos que acreditavam nele, com o adesismo irresponsável e traidor ao grupo do senador ACM. Hoje o prefeito governa pela força da caneta e da opressão. Ele não tem mais o apoio das pessoas e dos segmentos que o viam como a provável liderança regional. Ele implantou aqui o neo-coronelismo.
AR - Então o senhor acha que o prefeito traiu as pessoas que acreditaram nele?
Tenho plena certeza. Hoje ele caminha com as pessoas que ele criticava e que também o criticavam. Hoje o prefeito é um homem só, sem amigos, e sem apoio das lideranças políticas que o acompanhavam. E só será tolerado até o dia 31 de dezembro.
AR - O senhor faz oposição ao Governo Estadual e apoia o Federal. Como será a relação?
Com o governo estadual será acima de tudo respeitosa e fundamentada na defesa dos interesses de Ilhéus. Até porque temos uma relação com o governador Paulo Souto que nos permite fazer as reivindicações, e vamos explorar ao máximo nossa profunda ligação com o Governo Federal. Hoje somos o único político de Ilhéus com condições de ir à Brasília buscar as verbas necessárias para administrar esta cidade. Para isso temos o apoio de vários ministros e mais de 90 deputados federais do nosso partido.
AR - Por que os programas sociais do Governo Federal não decolam em Ilhéus?
Porque esse prefeito há muito tempo perdeu a sensibilidade. O prefeito de Ilhéus é mal assessorado, porque quer, e tem feito com que os programas sociais do Governo Federal pareçam programas eleitorais mantidos por ele. Para evitar isso, é necessário acabar com a distribuição dessa maneira solerte com que é feita, fazendo a política baixa do paternalismo. Não podemos continuar levando sacolas de dinheiro, principalmente para o interior, fazendo cadastros eleitorais com os programas sociais.
AR - Nos últimos 10 anos não se candidatou a nenhum cargo público. Por que hoje?
Pensava realmente em não ser mais candidato, mas eu, como filho dessa terra, fiquei profundamente comovido com o apelo que recebi, não só por parte do presidente Lula, mas também pelo desejo do nosso povo em ter um governo sério e comprometido com a nossa cidade. Aceitei esse desafio por entender que é necessário resgatar Ilhéus para os ilheenses, para que nossa cidade volte a ocupar o lugar de destaque que sempre teve na região cacaueira.
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