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29 de Agosto

Wenceslau Junior, vereador de Itabuna

"A Câmara não é quintal da prefeitura"
wenceslau jr diz Wenceslau Júnior (PCdoB), vereador de Itabuna, que reafirma a condição de independência do Legislativo em relação ao governo do prefeito José Azevedo (DEM).
      Militante do movimento estudantil entre o final dos anos 1980 e década de 90, Wenceslau fala de embates com o governo Azevedo, projetos para Itabuna e sua pré-candidatura a deputado estadual.
      Ele antecipa que o PCdoB não irá se coligar com nenhum partido na disputa por vagas à Assembleia Legislativa. O projeto do partido é fazer entre quatro e cinco deputados.

A Região - Sua candidatura a deputado estadual é algo consolidado no PCdoB?
       A gente só pode falar de candidatura a partir do registro mas, internamente, é algo já definido. A direção estadual aprovou a tática de lançar chapa própria para deputado estadual, ampliando o número de candidatos.

AR -Não é uma estratégia arriscada para o PCdoB, sair sozinho na proporcional?
       Nosso partido fez as contas. Na eleição passada, lançamos 13 candidatos e estes totalizaram quase 250 mil votos, elegendo três deputados. Se o quadro eleitoral de hoje persistir, nós poderemos eleger entre quatro e cinco deputados estaduais.

AR - E no plano nacional, qual será a estratégia?
       A nossa estratégia é apoiar a reeleição de Jaques Wagner e defender um nome nacional que aprofunde as mudanças do presidente Lula. Na Bahia, a coligação para deputado federal é com o PT e o desejo é o de ampliar com mais um mandato, além de Alice Portugal e Daniel Almeida. O partido também está reivindicando uma participação na chapa majoritária, com Haroldo Lima para o Senado.

AR - Como você classificaria a sua atuação como vereador?
       Nosso mandato está identificado com as grandes lutas, como o estabelecimento de cotas na Uesc e o movimento contra a privatização da Emasa, junto com o companheiro Luís Sena, além da construção de um novo fórum em Itabuna. Não podemos esquecer a luta em favor dos concursados. Temos realizações concretas.

AR - Quais suas propostas na campanha de deputado?
       Algumas delas, de certa forma, já estão ocorrendo no governo Jaques Wagner. Temos os projetos do Porto Sul, ferrovia, rodovia no sul do Estado. Não podemos continuar com a concentração de investimentos em Salvador e região metropolitana, como nos governos carlistas. Outro passo será investir na formação, na educação.

AR - O cenário político estadual ferve. Como você avalia o rompimento do PMDB?
       Qualquer perda não é boa. A saída do PMDB criou um certo impacto negativo, mas o governo rapidamente está se recompondo, com a chegada de novos aliados, a exemplo do PP, de nomes como Otto Alencar. Acho importante que o governo comece a deslanchar com maior força em algumas áreas. Se não deu para continuar juntos, paciência.

AR - Como estava, você acha que romper foi o melhor?
       Acho que Wagner fez todo esforço para manter a aliança. Política é igual casamento. Não adianta o marido querer e a esposa não. O PMDB foi quem não quis continuar no governo, mas o esforço foi feito. Vamos virar a página e estabelecer relações diplomáticas, porque pode haver um reencontro caso haja segundo turno.

AR - E o impacto disso no governo?
       Esperamos que as mudanças que estão sendo feitas reflitam em maior dinamismo para que o governo possa, inclusive, tocar investimentos no sul da Bahia e no Recôncavo, que estes projetos saiam do papel e a população possa acreditar que não são apenas promessas. Eu acredito nisso e sei que este governo é diferente dos governos passados, que colocavam o posto, o cano de água e, passada a eleição, retiravam tudo.

AR - Isso também não seria evidência de que faltavam projetos de governos anteriores?
       Os governos carlistas vivam à base da mídia, do marketing. O controle da mídia impedia que os problemas da Bahia fossem revelados. O interior do estado sempre viveu em crise, à margem. Hoje a gestão pensa o desenvolvimento do interior, políticas para manter o cidadão nas suas regiões.

AR - Você acha que o governo tem caminhado na velocidade a que se propôs?
       O início foi muito bom, mas a crise econômica e a queda da arrecadação forçou o governo a colocar o pé no freio. Até o final do ano, a tendência é de recuperação da economia e isso vai melhorar o nível de investimentos. Estamos respirando democracia no estado. Antes, os movimentos sociais eram recebidos na base do cassetete. Hoje, impera o diálogo.

AR - Quais seriam as marcas do governo?
       Veja o programa Água para Todos. Quem já viveu no sertão sabe o que é enfrentar a falta d'água. O governo está atendendo a milhares de baianos com água no semi-árido. Outra marca importante é a descentralização dos grandes projetos. Wagner tem tudo para concluir bem estes quatro anos e, se formos conferir, fará em quatro anos muito mais do que o carlismo fez em 30 anos no poder.

AR - A atual legislatura é melhor ou está no mesmo nível da passada?
       Acho que é cedo para avaliar, pois só temos sete meses de novos mandatos. Mas, até então, a Câmara tem dado provas de que tem capacidade de dar respostas às questões que chegam ao legislativo.

AR - E quais seriam estas provas?
       A postura da Câmara no episódio da epidemia de dengue foi destemida, correta. A nossa ação contra o nepotismo, em rejeitar a indicação da Juliana Burgos para a Procuradoria-Geral é outro exemplo. Temos a aprovação de projetos para Itabuna, independente de ser governo ou oposição.

AR - Juliana Burgos permanece no cargo. A Câmara vai deixar?
       Esse problema já está no Tribunal de Justiça da Bahia. Acho que foi uma posição infeliz do prefeito nomear a procuradora que tinha acabado de ser rejeitada pela Câmara. Azevedo rompeu uma tradição, cometeu um desrespeito.

AR - E se o Tribunal de Justiça decidir em favor da Câmara?
       Se o Tribunal entender que é constitucional o artigo da Lei Orgânica que exige a aprovação da Câmara, Azevedo vai criar um problema político e administrativo para ele, pois todos os atos praticados por Juliana serão nulos. E os salários terão que ser devolvidos.

AR - Como você vê esse poder da família Burgos na prefeitura?
       Eu acredito que um dos equívocos do governo Azevedo seja esse. O poder de arrecadar, de pagar e até de opinar sobre a legalidade desses atos. Então, podem ocorrer determinados casos em que a procuradora analisará processos encaminhados pelo irmão [Otaviano Burgos, diretor de Tributos] e pelo pai [Carlos Burgos, secretária da Fazenda]. Mesmo que ela se exima de analisar estes atos, quem vai analisar é alguém subordinado a ela.

AR - Como voce vê as discussões para o município voltar à gestão plena da saúde?
       O município deve tomar essa decisão. Quem mais emprega em Itabuna é o setor da saúde. O de serviços emprega 70% das pessoas com carteira assinada e a maioria destes postos é da saúde. O que vemos hoje é o desemprego neste setor, por conta das dificuldades em faturamento.

AR - Você acha que houve melhora na alta e média complexidade?
       Melhorou para os municípios pactuados, mas piorou para Itabuna. Havia um problema de corrupção da gestão anterior, que usava as cotas de AIHs (autorização de internação hospitalar), de outros municípios para atender Itabuna. Hoje, a prefeitura não faz sua complementação orçamentária, quer tocar apenas com recursos federais e estaduais.

AR - Dizem que a Câmara estaria deixando o barco correr. É isso mesmo?
       De forma nenhuma. Eu visitei o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), fiz várias anotações e tomei as medidas necessárias. Temos suspeitas de serviços que não foram prestados e podem ser pagos. Inclusive, alertei o prefeito do contrato com a construtora Marquise. Numa dispensa de licitação, a prefeitura contratou a Marquise a um custo mensal de R$ 1.266.000,00 por mês, que foi aditivado no mesmo dia, em mais R$ 30 mil, para garantir a equipe-padrão de limpeza de 10 funcionários. Estamos fazendo a nossa parte.

AR - Quais são as ações do seu mandato nesse sentido?
       Assim que eu soube que a Bahiagás iria montar uma base de distribuição de gás natural na região, entrei em contato com o presidente da empresa, Davidson Magalhães, e ele disse que precisaria de um terreno para o city-gate (base de distribuição). Entrei logo em contato com o prefeito e o município disponibilizou o terreno. É algo que beneficia a administração? Beneficia, mas beneficia ainda mais quem mora aqui.

AR - Essa avaliação sua significa adesão ao governo?
       Eu acho que a postura nossa é reflexo deste novo momento. O presidente Lula nos ensinou muito e o governador Jaques Wagner vai no mesmo caminho. Passada a fase do palanque, temos que reconhecer a legitimidade que o povo deu. Eu não votei em Azevedo, votei em Juçara. A maioria do povo de Itabuna escolheu este prefeito. Aderir ao governo significaria estar submisso a ele. Jamais serei subserviente a governante.

 

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